Na última semana, o departamento de Vigilância Ambiental recebeu, por meio da agente de endemias responsável pelo local, no bairro Alto Alegre, a informação de que havia uma infestação de caramujos e que estes poderiam ser caramujos africanos, que podem transmitir algumas doenças aos humanos.
Com base nas informações coletadas com a agente e respaldados pela Nota Técnica nº 30/2022-CGZV/DEIDT/SVS/SESA/MS e do Informe Técnico nº 01/2018 DVDTV/CEVA/SESA, além da confirmação da espécie realizada pelos biólogos da Décima Regional de Saúde, a Secretaria de Saúde iniciou os procedimentos de orientação a população em geral, assim como já agendou data para orientações de como proceder para o controle e extermínio do animal em questão, no local encontrado.
“Nós vamos ao local orientar a proprietária de como fazer a captura e como descartar os animais, sem que haja risco e problemas de nova infestação. O procedimento deve atender alguns quesitos e estamos à disposição para os devidos esclarecimentos, vale lembrar que apenas o caramujo africano apresenta perigo à saúde pública, os demais não devem ser preservados para equilíbrio biológico”, relata a médica veterinária Lilian Bernart.
“O caramujo africano pode ser o transmissor de algumas doenças de suma importância à saúde pública. Mesmo que existam poucos relatos no Brasil, é importante que os cuidados de prevenção sejam tomados”, explana o secretário de saúde Ademar Burkhardt. Além de ser uma praga para a agricultura por se alimentar velozmente das plantas, o caramujo pode transmitir a meningite eosinofílica e a Angiostrongilíase Abdominal” complementa Ademar.
Como diferenciar o caramujo nativo do africano?
Como as pessoas podem se contaminar?
As pessoas se contaminam pelo consumo de alimentos mal higienizados contaminados com o muco do caramujo, pelo próprio contato com o muco e ainda pelo consumo do caramujo, visto que esse animal foi introduzido no Brasil, para substituir o consumo do escargot.
Como eliminar o foco?
O uso de pesticidas não é recomendado.
A melhor forma de eliminar os caramujos e seus ovos é recolhê-los (para isso, se deve usar luvas ou sacos plásticos que protejam as mãos), esmagá-los e posteriormente enterrá-los numa vala, com mais ou menos um metro de profundidade, previamente coberta com cal virgem.
Outra forma é usar solução clorada (três partes de água para uma de cloro). Os ovos e caramujos devem ficar submersos nessa solução por 24 horas, antes de serem descartados.
As conchas devem ser eliminadas corretamente, pois podem servir de depósito de água e favorecer o aparecimento do mosquito da dengue.
Lembrando que as ações de catação e eliminação do caramujo serão de responsabilidade do morador. A equipe da Vigilância Ambiental está à disposição para quaisquer dúvidas e esclarecimentos.