Em São Paulo, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, expressou forte oposição à proposta de anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro e pela tentativa de golpe de Estado. A declaração foi feita na noite desta sexta-feira, após o leilão do túnel Santos-Guarujá.

“Indulto é golpismo de marcha ré”, afirmou o vice-presidente, enfatizando a importância da democracia e da liberdade no país. Alckmin relembrou a participação de brasileiros na luta contra o nazismo e o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial, ressaltando que a democracia está intrinsecamente ligada à essência do povo brasileiro e promove a inclusão.

Durante o leilão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também comentou sobre a polarização política, defendendo que ela é inerente ao processo democrático, desde que não se baseie no autoritarismo e na eliminação do adversário.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, manifestou-se contra a discussão de um projeto de anistia no Congresso, defendendo que as prioridades do Legislativo devem ser o imposto de renda e a reforma administrativa.

Em contraste com as posições das autoridades do governo federal, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se recusou a responder perguntas sobre a anistia. Questionado sobre as declarações de Alckmin, o governador afirmou que só comentaria sobre o túnel naquela ocasião.

O leilão do túnel Santos-Guarujá foi vencido por um grupo português, com um investimento estimado em R$ 6,8 bilhões. O projeto contará com um aporte público de até R$ 5,14 bilhões, dividido igualmente entre os governos estadual e federal, e o restante será coberto pela iniciativa privada. Ministros presentes ao evento destacaram a união entre o governo do estado de São Paulo e o governo federal, beneficiando a população brasileira e construindo a democracia.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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