Milhares de pessoas se reuniram na Praça da República, em São Paulo, na manhã deste domingo (7), em um ato organizado por movimentos sociais e centrais sindicais. A mobilização, que se estendeu por uma avenida próxima, foi marcada por bandeiras e faixas defendendo a soberania popular e pautas trabalhistas.

Entre as principais reivindicações, destacam-se o fim da escala 6×1, a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil e a taxação progressiva, incidindo sobre as maiores fortunas. Os manifestantes também expressaram sua oposição à anistia e a intervenções externas, mencionando o “tarifaço” do governo Donald Trump.

Gilmar Mauro, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), um dos organizadores do ato, declarou: “Enfrentamos governos de direita e nos mantivemos firmes; superamos uma pandemia e um governo neofascista, perseverando em nossos princípios; confrontamos um golpe militar e aqui estamos, na Praça da República, com altivez, para afirmar que não prevalecerão sobre nós.”

Antônio Donato, deputado estadual e liderança do PT, afirmou que a manifestação visa combater ataques à soberania e defender a democracia, alertando sobre um “novo golpe” tramado através da anistia.

Os discursos também abordaram o julgamento de envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro, o governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo e as manifestações da direita em prol da anistia. Miguel Torres, dirigente da Força Sindical, criticou a interferência dos Estados Unidos no continente.

Ricardo Bonfim, coordenador-geral da Central de Movimentos Populares, ressaltou a importância da democracia e da soberania, criticando a extrema direita aliada a Bolsonaro, que também planejava um ato na Avenida Paulista.

Ministros do governo federal, como Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), estiveram presentes no ato, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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