São Paulo amplia período de restrição no abastecimento de água para preservar mananciais.
O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira a ampliação do período sem abastecimento de água na região metropolitana, passando de 8 para 10 horas. A medida tem como objetivo principal preservar o nível dos mananciais, diante de um cenário de estiagem prolongada.
A partir de agora, a redução da pressão da água ocorrerá das 19h às 5h. Além desse período, algumas localidades poderão enfrentar horários pontuais de redução durante o dia. O comitê responsável, formado pela reguladora dos serviços públicos e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), não divulgou detalhes sobre as áreas específicas que serão afetadas e as condições que determinarão a aplicação da medida.
A ampliação do período de restrição ocorre em meio a uma das semanas mais secas do ano, com alertas para queimadas em todo o estado e registros de incêndios persistentes em áreas de preservação.
Em agosto, a média de chuvas no sistema que abastece a região metropolitana, com seus 20 milhões de habitantes, foi inferior a um terço da média histórica, que é de aproximadamente 30 mm. O período de secas, que normalmente termina em meados de setembro, ainda não apresenta sinais de encerramento.
A primeira fase da regulação do fornecimento de água foi implementada em 27 de agosto. Segundo a Sabesp, a medida resultou em uma economia de 7,25 bilhões de litros de água, volume suficiente para atender cerca de 800 mil pessoas durante um mês.
“Diante dos eventos climáticos e do cenário de chuvas abaixo do esperado, foi preciso ampliar o período para a recuperação dos reservatórios”, informou o comitê em nota. O comunicado ressalta a importância do monitoramento constante e da atenção às variações climáticas que impactam o equilíbrio hídrico e a segurança do abastecimento.
O boletim de monitoramento indica que o Sistema Integrado Metropolitano (SIM) opera atualmente com 32,8% do volume útil, um índice 7,7 pontos percentuais inferior ao registrado em 2021. Os sistemas Cantareira e Alto Tietê, que concentram cerca de 80% da capacidade do sistema, registram 30,3% e 26,1% de armazenamento, respectivamente. A média de queda na última semana foi de 0,26% ao dia.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br