O excesso de peso virou uma realidade para quase 40% dos adultos no mundo em 2025. E a culpa, em boa parte dos casos, não é só da preguiça de ir à academia. A alimentação ultraprocessada está no centro desse problema, e muita gente segue consumindo sem nem perceber o quanto esses produtos prejudicam a saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já vem batendo nessa tecla há anos: dietas dominadas por industrializados e pobres em alimentos naturais comprometem o metabolismo e aumentam os riscos de doenças como diabetes tipo 2 e problemas cardíacos. Só que, mesmo com todos os alertas, os vilões continuam presentes no cardápio de muita gente.

Batatas fritas: o clássico que pesa na balança

A batata, por si só, é um alimento nutritivo. O problema é quando ela vai parar na fritadeira. Uma porção de batata frita pode ultrapassar 500 calorias facilmente. E o pior: essas calorias vêm carregadas de gordura e praticamente nenhum nutriente útil. Resultado? Energia vazia que vira gordura acumulada.

Refrigerantes e sucos artificiais: açúcar líquido disfarçado de refresco

Poucos hábitos são tão prejudiciais quanto tomar refrigerante ou sucos industrializados todo dia. Essas bebidas têm altíssimas doses de açúcar e praticamente nenhum valor nutricional. Além de contribuir para o ganho de peso, elas estão associadas ao surgimento de doenças como diabetes e esteatose hepática (a famosa gordura no fígado).

O consumo regular desses líquidos provoca picos de glicose, o que favorece o acúmulo de gordura, principalmente na região da barriga. Não à toa, campanhas de saúde pública em países como os Estados Unidos já focam na redução do consumo desses produtos.

Carnes processadas: o perigo disfarçado de lanche rápido

Salsichas, salames, linguiças… esses itens parecem práticos, mas são verdadeiras bombas calóricas e químicas. Cheios de gorduras saturadas, sódio e aditivos, os embutidos não só ajudam a engordar como aumentam o risco de doenças cardiovasculares e até de alguns tipos de câncer.

A própria OMS já classificou as carnes processadas como potencialmente cancerígenas, reforçando o alerta para o consumo com moderação.

Farinhas refinadas: um problema que vai além do pão branco

Pães, bolos, biscoitos… todos eles têm algo em comum: farinha refinada, um ingrediente que passa por um processo que remove quase todos os nutrientes e fibras. O resultado é um alimento de absorção rápida, que eleva os níveis de açúcar no sangue e aumenta o apetite logo depois. Ou seja: você come, engorda e logo sente fome de novo.

Doces industriais: pequenas porções, grandes estragos

Se engana quem acha que um biscoitinho recheado ou um pedaço de sobremesa pronta não faz mal. Os doces industrializados são verdadeiros concentrados de açúcar e gordura, com efeitos diretos no ganho de peso e no funcionamento do metabolismo.

A OMS recomenda que o açúcar adicionado não ultrapasse 10% das calorias diárias, sendo o ideal ficar abaixo de 5%. Mas com tantos produtos prontos recheados de açúcar, é fácil ultrapassar esse limite sem nem perceber.

O que fazer pra fugir dessa armadilha alimentar?

A saída é voltar ao básico: alimentação natural e caseira. Quanto menos industrializado for o que você coloca no prato, melhor.

Algumas dicas que funcionam de verdade:

  • Troque as farinhas refinadas pelas integrais.
  • Invista em frutas, verduras, legumes e cereais integrais.
  • Prefira água no lugar de refrigerantes e sucos de caixinha.
  • Reduza o açúcar e o sal nas receitas de casa.
  • Planeje suas refeições pra não cair na tentação dos ultraprocessados na pressa.

Pesquisas de instituições como a Universidade de São Paulo (USP) apontam que educação alimentar e políticas públicas são fundamentais pra reverter o quadro de obesidade nas grandes cidades.

Mas enquanto as políticas não mudam, a decisão de escolher melhor o que você come está nas suas mãos. Pequenas trocas diárias podem fazer uma diferença enorme no seu peso, na sua saúde e na sua qualidade de vida.

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