O clima no Corinthians esquentou fora das quatro linhas. Memphis Depay acionou o clube na Justiça cobrando uma dívida de R$ 6,1 milhões e avisou que, se o valor não for pago, pode simplesmente não se reapresentar ao elenco. O atacante holandês, contratado com pompa, virou dor de cabeça nos bastidores do Parque São Jorge.

A cobrança formal começou em 15 de maio, ainda na gestão de Augusto Melo. Sem resposta, uma nova notificação foi enviada nesta semana, com prazo até esta quarta-feira (25) para que o Corinthians quite o débito ou, pelo menos, dê uma resposta oficial.

O tom do recado é claro: se não houver pagamento, Depay pode deixar de cumprir seus compromissos com o clube, o que inclui não retornar das férias, mesmo com a reapresentação marcada para sábado.

A diretoria atual alega surpresa. Segundo o clube, nem mesmo o diretor executivo de futebol, Fabinho Soldado, foi informado sobre a cobrança feita no mês passado. Agora, o Corinthians diz que está fazendo uma verificação interna para entender a origem da dívida e promete iniciar negociações com o jogador para tentar resolver o impasse.

A situação é especialmente delicada porque Depay é uma das principais apostas do time para a temporada de 2025. Perdê-lo, além do impacto técnico, traria um prejuízo esportivo e financeiro enorme, sem contar o desgaste com a torcida.

O caso também acende um alerta maior: se o clube continuar inadimplente, Depay pode pedir a rescisão contratual. Isso abriria caminho para ele sair de graça, além de possíveis ações judiciais contra o Corinthians.

O episódio expõe, mais uma vez, os efeitos de uma gestão financeira desequilibrada. Em um clube do tamanho do Corinthians, com enorme visibilidade e cobrança constante por resultados, problemas como esse não só abalam o elenco como mancham a imagem do time no mercado.

A novela ainda não terminou, mas uma coisa é certa: se o Corinthians não correr, pode perder um dos seus principais nomes e ainda sair devendo.

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