A manhã desta terça-feira (24) começou agitada nas ruas de Curitiba e Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana. A Polícia Civil do Paraná saiu cedo para cumprir sete ordens judiciais contra uma quadrilha que, segundo as investigações, criou um esquema ousado de falsificação de documentos de jogadores de futebol para aplicar golpes financeiros.
O grupo é acusado de crimes como estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Foram cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. Tudo com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
De acordo com o delegado Thiago Lima, da Polícia Civil, o golpe tinha um método bem definido. Os criminosos falsificavam documentos de identificação de atletas que jogam em clubes do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Com esses documentos forjados, eles conseguiam abrir contas em bancos e solicitar a famosa portabilidade de salário, como se fossem os próprios jogadores.
O plano parecia bem arquitetado, mas as instituições financeiras perceberam algo estranho. Foram elas que deram o alerta à polícia depois de identificar as irregularidades nos papéis apresentados.
A estimativa da Polícia Civil é que o grupo tenha desviado cerca de R$ 1,2 milhão, dinheiro que, na verdade, deveria estar nas contas dos jogadores que tiveram seus nomes usados no esquema.
E o golpe não se limitou ao Paraná. Uma operação paralela foi deflagrada nesta mesma manhã pela Polícia Civil de Rondônia. Por lá, os investigadores descobriram que o mesmo grupo também estaria atuando na região. Por isso, mandados estão sendo cumpridos não só em Rondônia, mas também em Mato Grosso e Amazonas.
A operação segue em andamento. Até agora, a polícia não divulgou os nomes dos envolvidos nem dos jogadores que foram vítimas da fraude.
Com informações da Polícia Civil do Paraná