Um caso estarrecedor registrado no interior de Santa Catarina escancarou a brutalidade e a frieza de um homem acusado de matar a própria filha de apenas 1 ano e 9 meses. O crime ocorreu no domingo, em uma área rural do município de Abelardo Luz, e causou revolta não apenas pela violência, mas principalmente pela indiferença do autor ao ser confrontado com o corpo da criança.
Segundo informações das autoridades, o pai da menina estava na companhia da esposa e da filha durante uma visita a parentes, quando teve início uma discussão. Após o desentendimento, ele pegou a criança nos braços e correu para dentro de uma área de mata, desaparecendo do local.
Horas depois, o próprio homem entrou em contato com familiares e confessou que havia matado a filha. A Polícia Militar foi acionada e deu início a uma operação de buscas. O suspeito foi localizado ainda na madrugada da segunda-feira seguinte e, ao ser preso, confirmou o assassinato. Ele relatou que alimentou a criança com iogurte antes de tirar a vida dela utilizando uma corda que havia levado consigo.
Com apoio do Corpo de Bombeiros, as equipes percorreram uma região de difícil acesso entre Abelardo Luz e Faxinal dos Guedes, onde, após horas de buscas, encontraram o corpo da menina. O que mais chocou os policiais foi a reação do pai ao ser levado até o local: ele observou o corpo da filha pendurado sem demonstrar qualquer sinal de emoção.
O delegado responsável pelo caso descreveu a cena como uma das mais frias que já testemunhou. “Nem tristeza, nem arrependimento, nem choque. Absolutamente nenhuma reação”, afirmou.
A investigação aponta que o crime foi planejado. O suspeito saiu de casa levando não apenas a filha, mas também roupas e a corda usada no assassinato, o que reforça a hipótese de premeditação. O possível motivo seria o término do relacionamento com a mãe da criança, que havia manifestado o desejo de separação e, segundo o autor, estaria envolvida com outra pessoa.
Após o crime, ele ainda tentou cometer suicídio, sem sucesso. Com extensa ficha criminal, o homem já havia sido denunciado por ameaças, agressões, posse irregular de arma e descumprimento de medidas protetivas.
O caso evidencia a urgência de medidas mais rigorosas de proteção à mulher e à infância, especialmente em situações de violência doméstica, onde sinais de perigo muitas vezes não recebem a devida atenção até que a tragédia ocorra.
As informações são do Jornal da Fronteira