O corpo de uma mulher de 32 anos foi encontrado na manhã desta quinta-feira em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, encerrando uma busca que durava dias. Amanda Caroline de Almeida, desaparecida desde 19 de maio, foi assassinada pelo ex-marido e teve o corpo jogado no Rio Tietê. Ela foi localizada próxima a uma barragem, envolta em um lençol.
A descoberta foi feita por equipes de resgate e confirmada por um dos irmãos da vítima, que reconheceu o corpo no local. A polícia e o Corpo de Bombeiros permaneceram na área até a chegada da perícia, que agora dará continuidade à investigação do crime.
Amanda teve um relacionamento de 16 anos com Carlos Eduardo de Souza Ribeiro, com quem teve três filhos, de 14, 7 e 5 anos. Separados desde fevereiro, o reencontro entre os dois ocorreu de forma trágica. Segundo relatos, Amanda voltava de uma festa com amigas no dia do desaparecimento quando viu o carro do ex-marido estacionado próximo à sua casa. Foi a última vez que ela foi vista com vida.
Inicialmente, Carlos negou envolvimento e alegou que o carro apresentava problemas mecânicos. No entanto, imagens de câmeras de segurança revelaram outra versão. Confrontado com os vídeos, o homem confessou o assassinato, dizendo que matou Amanda por asfixia e contou com a ajuda do próprio irmão para esconder o corpo. Os dois foram flagrados em vídeo transportando um embrulho envolvido em um lençol branco até o porta-malas do carro, que mais tarde foi usado para levar o corpo até o rio.
A mãe da vítima, profundamente abalada, descreveu a brutalidade do crime como um ato desumano. Em entrevista, afirmou que os assassinos trataram sua filha como “lixo”, ao colocarem seu corpo em um saco antes de descartá-lo.
A Justiça já decretou a prisão preventiva de Carlos e seu irmão, que agora respondem por feminicídio e ocultação de cadáver. O caso segue sob investigação no 4º Distrito Policial de Osasco.
Esse crime reforça a urgência de medidas mais eficazes no combate à violência doméstica e à proteção de mulheres. O feminicídio, infelizmente, continua sendo uma realidade trágica e recorrente no país.