A embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou que solicitantes dos vistos F, M e J, destinados a estudantes e intercambistas, deverão manter suas redes sociais em modo público como parte do processo de análise. A medida já está em vigor e acompanha o retorno do agendamento de entrevistas para esses vistos.
Segundo comunicado oficial, o objetivo é permitir verificações mais amplas antes da concessão da autorização de entrada. “Essa medida permite que sejam feitas todas as verificações necessárias para avaliar se o solicitante atende aos requisitos”, afirmou a embaixada em publicação nas redes sociais.
Regras mais rígidas na análise de pedidos
A Casa Branca já havia confirmado a nova diretriz no mês passado, em ordem assinada pelo secretário de Estado, Marco Rubio. Em entrevista à Reuters, ele disse que o foco é identificar candidatos com histórico de ativismo político ligado à violência.
O governo americano também passará a avaliar fatores como:
- caráter moral;
- atividades consideradas antiamericanas;
- envolvimento com atos terroristas ou antissemitas.
O Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) reforçou que atividades antiamericanas serão vistas como “um fator extremamente negativo”. O porta-voz da agência, Matthew Tragesser, declarou: “Os benefícios migratórios nos EUA não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país. Viver e trabalhar nos Estados Unidos continua sendo um privilégio, não um direito”.
Medidas adicionais e impacto para brasileiros
A nova política se soma a outras restrições recentes. Na última quinta-feira (21), o secretário Rubio também anunciou a suspensão de vistos de trabalho para motoristas de caminhão estrangeiros, alegando riscos à segurança nas estradas e à empregabilidade dos trabalhadores americanos.
Além disso, os EUA informaram que todos os portadores de vistos passam a estar sujeitos a uma “verificação contínua”, o que significa que a autorização pode ser cancelada a qualquer momento, caso surjam indícios de descumprimento dos critérios exigidos.
Com a medida, estudantes e intercambistas brasileiros que planejam estudar nos EUA devem se preparar para um processo de análise mais rigoroso, em que a vida digital e o conteúdo publicado nas redes sociais terão papel direto na concessão do visto.