O número de diagnósticos de transtorno do espectro autista (TEA) tem crescido nos últimos anos, e com ele, também aumenta a procura por profissionais preparados para atuar de forma técnica, humana e eficaz. É exatamente nesse cenário que o trabalho da psicóloga Nicolle Sales Póvoa Goulart vem se destacando.

Formada pela PUC-GO e pós-graduada em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), Nicolle dedica sua prática clínica ao atendimento de crianças e adolescentes com desenvolvimento atípico, usando uma abordagem que une rigor científico e sensibilidade humana. Para ela, cada criança é única, e o tratamento precisa respeitar isso.

“Faço um trabalho pautado na união entre a técnica e um atendimento humanizado, que respeita as singularidades de cada criança e família”, afirma.

Na prática, o que isso significa? Nicolle desenha programas personalizados, com metas comportamentais específicas, realiza atendimentos individuais, orienta acompanhantes terapêuticos e participa ativamente de reuniões com famílias e equipes multidisciplinares. Tudo isso com base em dados objetivos, que são constantemente analisados para medir o progresso das intervenções.

Mas a técnica sozinha não basta. “Não se trata apenas de ensinar comportamentos, mas de promover autonomia, inclusão e desenvolvimento real. Cada avanço, por menor que pareça, representa uma conquista”, explica a psicóloga.

Os resultados falam por si. Nicolle já acompanhou casos com evolução significativa na linguagem verbal, redução de comportamentos como autoagressão e heteroagressividade, além de ganhos práticos em habilidades do dia a dia, como alimentação, uso do banheiro e aceitação de medicamentos. Também se destaca pela formação de acompanhantes terapêuticos (ATs), sempre com foco em atualizações clínicas e excelência no atendimento.

Ela acredita que o sucesso do tratamento depende tanto da eficiência da técnica quanto do vínculo criado com a criança. “A relação terapêutica precisa ser acolhedora e baseada na confiança. É isso que nos permite avançar de forma consistente”, reforça.

Esse tipo de trabalho é cada vez mais necessário. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam 70 milhões de pessoas com TEA no mundo, sendo cerca de 2 milhões só no Brasil. E os diagnósticos vêm crescendo: segundo o CDC dos Estados Unidos, uma em cada 36 crianças de 8 anos já recebe hoje o diagnóstico, um aumento expressivo em relação aos anos anteriores.

A ABA (Análise do Comportamento Aplicada), utilizada por Nicolle, é considerada uma das abordagens mais eficazes para o tratamento do autismo. Suas intervenções são estruturadas, mensuráveis e adaptadas à realidade de cada pessoa, com foco em habilidades sociais, cognitivas e comportamentais. E sempre com um objetivo claro: melhorar a qualidade de vida.

“É possível trabalhar com rigor técnico sem perder a empatia. E é exatamente aí que acontece a transformação”, conclui Nicolle.

Enquanto o mundo tenta responder ao aumento dos diagnósticos de autismo, profissionais como Nicolle mostram que ciência e cuidado andam de mãos dadas. Porque por trás de cada dado, cada protocolo, existe uma criança com um potencial enorme só esperando ser visto, ouvido e guiado com respeito.

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