Na primeira edição do Mundial de Clubes no novo formato, quem roubou a cena foi o Chelsea. E não foi com sofrimento, não. Foi com um passeio de responsa pra cima do PSG, com direito a golaços, atuação segura e, claro, dois nomes que brilharam mais que todo o estrelado elenco francês: Cole Palmer e João Pedro.
A final rolou neste domingo (13), no MetLife Stadium, em Nova Jérsei, e terminou com um 3 a 0 sonoro dos Blues sobre os parisienses. Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a sintonia entre o inglês e o brasileiro, ela acabou. Em apenas seu segundo jogo juntos como titulares, os dois já mostraram que a dupla tem tudo pra ser o terror da próxima temporada.
Palmer marcou dois gols quase idênticos: um chute seco de canhota, de fora da área, com aquele estilo de quem joga sinuca no tapete. E como se isso não bastasse, ainda deu uma assistência de primeira pra João Pedro fechar a conta com uma cavadinha à la Romário. Foi um show à parte.
João Pedro: três jogos, três gols e uma vaga garantida no coração dos torcedores
Contratado recentemente do Brighton por 50 milhões de libras (algo em torno de R$ 376 milhões), João Pedro caiu como uma luva no esquema de Enzo Maresca. Em três partidas pelo Chelsea, já marcou três vezes e mostrou que não é o tal centroavante paradão que fica esperando bola na área. Pelo contrário.
Ele se movimenta o tempo todo, busca o jogo, se apresenta pelo meio e ainda abre espaço pela esquerda. Uma espécie de Firmino londrino. Ainda é cedo pra cravar, mas a primeira impressão é de que o Chelsea acertou em cheio.
PSG chegou como favorito e saiu sem entender o que aconteceu
O PSG desembarcou nos Estados Unidos como o grande bicho-papão do futebol europeu. Títulos, futebol envolvente, um time montado por Luis Enrique que vinha sobrando na França e na Europa. Mas bastou encontrar um Chelsea bem postado e com fome de bola pra tudo desandar.
Os ingleses marcaram em cima desde o começo, sufocaram a saída de bola francesa e dominaram a posse e as principais jogadas ofensivas já no primeiro tempo. O PSG, que costuma mandar nos jogos, não conseguiu respirar.
Outro ponto chave foi a estratégia dos Blues de acelerar o jogo nas laterais com passes longos. As transições rápidas e a pontaria cirúrgica na frente do gol foram fatais. Quando os parisienses tentaram reagir no segundo tempo, deram de cara com Robert Sánchez em noite iluminada. Criticado durante a temporada, o goleiro fez defesas decisivas e segurou o zero no placar até o fim.
O Chelsea foi letal, frio e seguro. E o PSG? Saiu com cara de quem chegou no baile achando que ia reinar, mas foi barrado na entrada. Se havia alguma dúvida sobre o novo momento dos Blues, a resposta veio em campo: essa versão do Chelsea é pra ser levada a sério.
E no fim das contas, Palmer e João Pedro terminaram a noite como os grandes nomes da conquista. Se continuar assim, o torcedor do Chelsea pode se preparar pra ver muitos domingos felizes pela frente.