Colônia, na Alemanha, está vivendo nesta quarta-feira (4) uma cena que parece saída de um filme de guerra: mais de 20 mil pessoas precisaram deixar suas casas por causa de bombas da Segunda Guerra Mundial que ainda estavam enterradas. Os explosivos foram lançados pelos Estados Unidos durante os bombardeios dos Aliados há 80 anos.

Essa evacuação virou a maior operação do tipo na cidade desde o fim da guerra, em 1945. As bombas foram achadas por acaso durante uma obra perto de um estaleiro, o que mobilizou as autoridades locais imediatamente.

Segundo o governo, uma das bombas pesa uma tonelada e as outras duas têm cerca de 500 kg cada. A operação para desativar os explosivos está sendo conduzida com extremo cuidado, com agentes de segurança especializados no local.

Para garantir a segurança de todos, as autoridades criaram um perímetro de risco de 1.000 metros de raio, totalmente interditado. Quem mora ou trabalha na área teve que sair, sem exceções.

A região afetada é cheia de pontos importantes: vários museus, 58 hotéis, diversos restaurantes, um hospital, dois lares de idosos, nove escolas e várias creches. Tudo parou. As aulas foram suspensas e até o transporte público foi impactado.

A prefeitura de Colônia informou que a expectativa é concluir os trabalhos de retirada das bombas ainda hoje. Enquanto isso, moradores estão sendo acolhidos em dois pontos preparados para recebê-los temporariamente.

Apesar de tudo, esse tipo de operação não é novidade por lá. Colônia foi duramente bombardeada durante a Segunda Guerra, e ainda hoje é comum encontrar explosivos não detonados escondidos sob a cidade. Só no ano passado, em outubro, três hospitais precisaram ser evacuados pelo mesmo motivo.

Setenta e nove anos depois do fim da guerra, as marcas do conflito ainda obrigam cidades como Colônia a lidar com riscos reais, exigindo ações rápidas e coordenadas para evitar tragédias.

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