O Brasil está vivendo uma das semanas mais desafiadoras do ponto de vista climático. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo alerta destacando uma combinação perigosa de chuvas intensas em algumas regiões e tempo seco extremo em outras. O cenário exige atenção redobrada, especialmente para quem depende do clima para trabalhar, como agricultores e profissionais da saúde.

Chuvas fortes continuam no Norte, com destaque para o Amazonas

Na região Norte, os temporais seguem com força total. Estados como Amazonas, Acre e Rondônia já acumulam volumes de chuva que ultrapassam os 100 milímetros em diversos pontos. A alta umidade, que chega a mais de 40%, mantém o solo encharcado e impacta diretamente na rotina de quem vive nessas áreas.

Por outro lado, o contraste é evidente no Amapá e no norte do Pará, onde a chuva aparece de forma muito mais isolada. Nesses locais, a umidade despenca e pode atingir níveis críticos, o que afeta não só o ecossistema, mas também a saúde da população.

Bahia em alerta com previsão de mais de 150 milímetros de chuva

No Nordeste, a situação é igualmente desigual. A Bahia deve receber fortes chuvas nos próximos dias, principalmente nas áreas litorâneas, onde os acumulados podem passar dos 150 milímetros. Mas nem toda a região terá esse alívio.

No norte do Nordeste, a previsão é de clima seco e umidade do ar abaixo de 30%. A escassez de chuva traz riscos reais para plantações e reservas de água, pressionando ainda mais a gestão hídrica e a produção de alimentos.

Centro-Oeste já sente os efeitos da seca e preocupa agricultores

A seca também avança no Centro-Oeste. Em estados como Goiás e Mato Grosso do Sul, a baixa umidade do ar, que gira em torno de 30%, já impacta a produtividade agrícola. No Mato Grosso, as chuvas serão pontuais, mas não suficientes para reverter o quadro de estresse hídrico.

A situação é preocupante para quem depende da irrigação, especialmente em uma fase sensível de plantio. O alerta do Inmet reforça a importância de planejamento para minimizar prejuízos no campo.

Interior de São Paulo e Minas Gerais enfrentam umidade abaixo dos 25%

O Sudeste também vive um cenário crítico. Embora uma frente fria provoque chuvas passageiras no norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, o interior de Minas e de São Paulo continua sob forte influência da seca.

Com a umidade do ar abaixo dos 25%, aumentam os riscos de incêndios florestais e problemas respiratórios, principalmente entre crianças e idosos. A baixa qualidade do ar e o calor intenso exigem cuidados diários com hidratação e exposição ao sol.

Sul pode ter tempestades no fim de semana após período seco

Já no Sul do país, a semana começou com clima seco, mas a previsão indica mudança radical com a chegada de sistemas frontais. A expectativa é de chuvas fortes no oeste de Santa Catarina e do Paraná, com acumulados que podem superar os 80 milímetros.

Essas chuvas intensas têm potencial para causar alagamentos e deslizamentos em áreas vulneráveis. A Defesa Civil e autoridades locais já monitoram a situação e recomendam atenção redobrada, principalmente em regiões de encostas.

Adaptação é essencial para enfrentar o clima extremo

Diante de um país dividido entre extremos, o planejamento se torna indispensável. Produtores rurais, gestores públicos e a população em geral precisam acompanhar de perto as previsões do tempo e ajustar suas rotinas à nova realidade climática.

A adaptação passa por técnicas agrícolas mais eficientes, uso racional da água e ações preventivas que reduzam o impacto dos fenômenos extremos. A instabilidade climática no Brasil não é novidade, mas tem se intensificado e exigido respostas rápidas e inteligentes.

Entender o comportamento do clima não é mais uma opção. É uma necessidade urgente para garantir segurança, produção e qualidade de vida em todas as regiões do país.

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