O Brasil se prepara para alcançar números históricos na produção de ovos, carne de frango e carne suína em 2025, reforçando sua posição como potência global no setor de proteínas. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a expectativa é atingir 62 bilhões de ovos, 15,4 milhões de toneladas de frango e 5,42 milhões de toneladas de carne suína no próximo ano.

As projeções foram apresentadas em coletiva realizada em São Paulo no último dia 20 de agosto e indicam crescimento tanto no mercado interno quanto nas exportações, com destaque para a diversificação de destinos internacionais.

Produção de ovos cresce e exportações devem dobrar

O setor de ovos aparece como um dos destaques. A produção deve chegar a 62 bilhões de unidades em 2025, 7,5% a mais que em 2024, e pode alcançar 65 bilhões em 2026.

No mercado internacional, os embarques devem dobrar em relação ao ano anterior, alcançando até 40 mil toneladas em 2025, crescimento de 116,6% sobre 2024. Para 2026, a meta é 45 mil toneladas.

Segundo a ABPA, fatores externos, como tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, podem influenciar esse resultado, mas há expectativa de reabertura de mercados estratégicos como o Chile. No consumo interno, o brasileiro deve comer em média 288 ovos por ano em 2025, colocando o país entre os dez maiores consumidores per capita do mundo.

Frango segue como principal proteína do Brasil

A carne de frango continuará liderando a pauta de exportações. A produção deve atingir 15,4 milhões de toneladas em 2025, até 30% acima de 2024, com previsão de novo avanço em 2026, chegando a 15,7 milhões.

Apesar do crescimento produtivo, as exportações podem registrar leve retração em 2025, com previsão de 5,2 milhões de toneladas, queda de até 2% em relação ao ano passado, reflexo da Influenza Aviária e das restrições temporárias de alguns mercados.

Ainda assim, a expectativa é de recuperação já em 2026, com 5,5 milhões de toneladas exportadas, alta de 5,8%. No consumo interno, o brasileiro deve alcançar média de 47,8 quilos por habitante em 2025, crescimento frente aos 45,5 quilos de 2024.

Carne suína ganha novos mercados

A suinocultura também projeta expansão. A produção deve chegar a 5,42 milhões de toneladas em 2025, alta de 2,2% sobre o ano anterior. Para 2026, a previsão é de 5,55 milhões de toneladas.

As exportações serão o grande motor do crescimento, com expectativa de 1,45 milhão de toneladas em 2025, aumento de 7,2% frente a 2024. Em 2026, a meta é 1,55 milhão, mais 7% de crescimento.

Entre os principais compradores, as Filipinas assumiram a liderança, seguidas por México, Singapura e países da América do Sul, o que garante maior diversificação e menor dependência de mercados específicos.

No consumo interno, a estabilidade prevalece, com média de 18,8 quilos por habitante até 2026.

Brasil consolida posição como potência global

As projeções da ABPA confirmam a força do Brasil como um dos maiores fornecedores de proteínas do mundo. Apesar dos desafios enfrentados em 2024, como a Influenza Aviária, o país conseguiu manter a confiança dos importadores e já negocia a ampliação de mercados.

Com recordes previstos para a produção de ovos e avanços significativos na carne suína, o Brasil deve consolidar ainda mais sua liderança mundial na exportação de proteínas animais, reforçando o agronegócio como um dos pilares da economia nacional.

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