O agronegócio brasileiro alcançou um feito histórico: em apenas 2,5 anos, 400 mercados foram abertos para produtos nacionais, consolidando o país como potência global na exportação de alimentos, fibras e energia. O avanço é resultado de negociações conduzidas pelo governo em parceria com o setor privado, unindo sanidade, sustentabilidade e competitividade.
De 2019 a 2022, o Brasil havia conquistado 241 mercados. O salto para 400 acessos em tão pouco tempo demonstra a força da diplomacia comercial e técnica do Ministério da Agricultura (Mapa), em conjunto com o Itamaraty, MDIC e ApexBrasil. Desde 2023, além de novos destinos, o país também ampliou presença em cerca de 200 mercados já consolidados, reforçando a confiança internacional.
Diversificação das exportações brasileiras
O avanço não ficou restrito às commodities tradicionais. O Brasil conquistou espaço em novos segmentos, como sorgo, gergelim, abacate Hass e farinha de aves. Apenas em 2024, foram exportados US$ 142,6 milhões em gergelim para a China e US$ 17 milhões em farinha de aves para a Indonésia, além da consolidação das vendas de carne bovina para México e Vietnã.
O resultado foi um crescimento de 21% nas exportações de produtos não tradicionais em 2025, comprovando a capacidade de adaptação do agro nacional. Até agora, mais de 80 mercados foram abertos para proteínas animais, 30 para o setor de reciclagem animal e 20 para frutas brasileiras.
No primeiro semestre de 2025, as exportações do agronegócio somaram US$ 82,8 bilhões, mantendo o ritmo elevado do ano anterior e com tendência de expansão em itens de maior valor agregado.
O Brasil como potência global em alimentos
A abertura de 400 mercados em apenas 2,5 anos coloca o Brasil como protagonista na segurança alimentar mundial. O país não se limita a fornecer volume, mas também oferece qualidade e sustentabilidade, fatores decisivos para ampliar a confiança de parceiros comerciais.
Hoje, o Brasil conta com 40 adidos agrícolas em 38 países, número 38% maior que no ano passado, reforçando a diplomacia agrícola. Como explica o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, o trabalho é resultado de negociações silenciosas, técnicas e constantes, que garantem previsibilidade ao produtor e estabilidade no comércio exterior.
Inteligência e presença internacional
Desde 2023, o Mapa participou de 110 missões internacionais e lançou ferramentas como o AgroInsight e o Passaporte Agro, que orientam exportadores brasileiros, antecipam tendências e ajudam a identificar novas oportunidades de negócios.
Essa estratégia fortalece a posição do país em mercados estratégicos, ampliando a competitividade do agro brasileiro em setores de alto valor.
Liderança projetada em alimentos, fibras e energia
O marco de 400 mercados em tempo recorde mostra que o Brasil vai além de ser um simples fornecedor de commodities. O país se consolida como parceiro confiável na transição para sistemas alimentares e energéticos sustentáveis, ampliando sua relevância geopolítica e econômica.
Ao unir inovação, qualidade e expansão geográfica, o agronegócio brasileiro se reafirma como um dos principais motores da economia nacional e como peça-chave para a segurança alimentar global nos próximos anos.