O consumo de ovos no Brasil nunca esteve tão alto. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), cada brasileiro deve consumir em média 288 ovos em 2025, crescimento de 7,1% em relação ao ano anterior. Com esse resultado, o país entra pela primeira vez no top 10 mundial e assume a sétima posição no ranking global.
Brasil entre os maiores consumidores do planeta
O levantamento coloca o Brasil atrás apenas de grandes potências e vizinhos regionais. A liderança segue com a China (385 ovos por habitante/ano), seguida de México (363), Indonésia (340), Japão (337), Argentina (332) e Paraguai (298). Logo depois aparece o Brasil, empatado tecnicamente com a Rússia, que também tem média de 288 ovos por habitante.
Ranking da ABPA para 2025:
- China – 385 ovos/habitante
- México – 363
- Indonésia – 340
- Japão – 337
- Argentina – 332
- Paraguai – 298
- Brasil – 288
- Rússia – 288
- Malásia – 281
- Ucrânia – 260
Evolução no consumo brasileiro
O salto do Brasil é ainda mais expressivo quando comparado à última década. Entre 2014 e 2017, o consumo médio anual não passava de 190 ovos por habitante. A virada aconteceu a partir de 2018, quando a marca de 200 ovos per capita foi superada, iniciando um ciclo de crescimento contínuo até os atuais 288 ovos por ano.
Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, o movimento reforça a importância do ovo como alimento de segurança alimentar, acessível e nutritivo. A expectativa é de que o consumo siga em alta também em 2026.
Produção nacional acompanha a demanda
Para atender ao mercado interno, a produção brasileira também está em expansão. A estimativa para 2025 é de 62 bilhões de ovos, o equivalente a 2 mil unidades produzidas por segundo. O crescimento projetado é de 7,5% em relação ao ano anterior, com previsão de atingir 65 bilhões de ovos em 2026, alta de 4,8%.
Importância econômica e social
Além de garantir acesso a uma proteína de baixo custo para a população, o avanço no consumo de ovos fortalece a cadeia produtiva do agronegócio e gera impactos positivos no emprego e na economia.
Com maior demanda interna e produção em ritmo recorde, o Brasil consolida sua posição entre os maiores consumidores e produtores de ovos do mundo, mostrando que a proteína deixou de ser apenas um complemento para se tornar parte essencial da dieta nacional.