A Itália se tornou, em 2025, o país europeu mais afetado pelo surto de vírus do Nilo Ocidental, registrando 274 dos 335 casos confirmados no continente, além de 19 mortes. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), mais de 80% das infecções estão concentradas em território italiano, o que transformou a situação em uma preocupação internacional.

As autoridades de saúde projetam que o pico da doença deve ocorrer entre agosto e setembro, período de maior atividade dos mosquitos transmissores. A intensidade inesperada do surto reforça a necessidade de medidas emergenciais para conter a disseminação do vírus.

Mudanças climáticas favorecem a proliferação

Especialistas apontam que a crise climática é um dos principais fatores por trás do avanço da doença. Verões mais longos e invernos mais amenos criam condições ideais para a multiplicação dos mosquitos, aumentando os riscos de transmissão.

Essa realidade preocupa não apenas a Itália, mas todo o continente europeu, que pode enfrentar surtos semelhantes nos próximos anos caso não sejam adotadas estratégias mais eficazes de prevenção.

Sintomas e riscos à saúde pública

A febre do Nilo Ocidental pode se manifestar de forma leve, com sintomas como febre, dor de cabeça e fadiga, mas em casos mais graves pode evoluir para convulsões, coma e até morte. Pessoas com o sistema imunológico fragilizado estão entre os grupos mais vulneráveis.

Apesar das autoridades italianas garantirem que as medidas de controle estão em andamento, a alta concentração de casos reforça a necessidade de atenção global.

Viagens internacionais aumentam a preocupação

Outro fator que amplia os riscos é a intensa movimentação internacional. O fluxo de turistas e viajantes pode facilitar a expansão do vírus para novas regiões, já que mosquitos infectados podem ser transportados inadvertidamente entre países. Isso torna ainda mais difícil conter a propagação e exige cooperação internacional para monitorar e combater a doença.

Urgência de ações conjuntas

A situação atual demonstra que a febre do Nilo deixou de ser uma preocupação restrita a determinadas regiões e passou a representar um desafio global. O reforço da vigilância epidemiológica, campanhas de conscientização e investimentos em estratégias de controle do vetor são medidas essenciais para reduzir os impactos da doença.

Com a Itália no centro do surto e a Europa em alerta, especialistas reforçam que apenas uma resposta conjunta entre nações poderá conter o avanço do vírus nos próximos meses.

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