Uma mulher foi encontrada morta na manhã do último sábado (21) no bairro Glória, em Joinville, no Norte de Santa Catarina, em uma cena que chocou até mesmo os policiais. Além de apresentar sinais claros de violência, o caso levanta também a suspeita de estupro, que ainda será confirmada por exames.

O corpo estava caído em uma área urbana da cidade, com parte das roupas retiradas. A vítima, que ainda não teve a identidade oficialmente divulgada, estava com a calça arriada até os tornozelos e a blusa levantada até a altura dos seios.

Os peritos encontraram diversos ferimentos, incluindo cortes profundos no tórax, com perfurações na região do coração, lesões na coxa direita, além de um detalhe que chamou atenção: um corte em forma de cruz no lado direito do rosto. As mãos também tinham marcas de defesa, indicando que ela tentou reagir.

Outro indício que reforça a suspeita de violência sexual foi a presença de sêmen na região genital, segundo informou a polícia. Mas o delegado responsável pelo caso, Dirceu Augusto Silveira Júnior, da Delegacia de Homicídios de Joinville, afirmou que só após os laudos da perícia será possível confirmar oficialmente o estupro.

Durante a perícia, a equipe encontrou no local um caderno com anotações pessoais da vítima, que pode ajudar a polícia nas investigações. Nos registros, ela descreveu sua rotina e mencionou pessoas com quem teve contato nos últimos dias.

Em uma das anotações, feita no dia 17 de junho, a vítima relatou ter conhecido um homem, possivelmente em situação de rua, com passagens por tráfico de armas e que usava tornozeleira eletrônica. Segundo o relato, esse homem teria sugerido que ela passasse a noite em um posto de combustíveis, que ele considerava mais seguro.

Por enquanto, a ocorrência está sendo tratada como homicídio qualificado na modalidade de feminicídio, com fortes indícios de violência sexual. O caso segue sob investigação, e a polícia aguarda os resultados da perícia para avançar nas diligências.

Enquanto a cidade de Joinville tenta digerir mais esse episódio de violência, o que fica é a expectativa por respostas rápidas e justiça para a vítima.

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