O plano de um homem para impressionar uma mulher em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, terminou atrás das grades. Ele se passou por policial do temido Batalhão de Operações Especiais (Bope), exibiu tatuagem de caveira na perna, mandou fotos de armas, motos e carros e ainda fez promessas de presentes caros. Tudo isso para tentar conquistar a pretendente.

Segundo a Polícia Civil, o sujeito não economizou na encenação. Além da tatuagem, que faz referência direta ao símbolo do Bope, ele enviava para a mulher imagens de armas de fogo, motocicletas e veículos, como se aquilo fosse parte da rotina de um agente de elite.

A situação ficou ainda mais absurda quando ele decidiu ir além das redes sociais. O homem apareceu pilotando uma motocicleta na casa dos pais da mulher, dizendo que estava interessado em comprar terras. Até aí, seguia o teatrinho. Mas na última quarta-feira (18), ele acabou preso dentro de uma academia, onde foi abordado pelos policiais.

Ao ser confrontado, o próprio homem confessou tudo. Disse que fingiu ser policial apenas “para impressionar uma feminina”, nas palavras dele. No momento da prisão, os agentes encontraram com ele apenas um Chevrolet Corsa em péssimo estado de conservação, bem longe do padrão dos carros de operações especiais que ele ostentava nas fotos.

Agora, ele vai responder por “intitular-se falsamente funcionário público”, crime previsto na legislação brasileira, com pena de até três meses de prisão simples ou multa. Apesar de ter sido preso, o caso foi tratado como uma contravenção penal, e ele acabou liberado após assinar um Termo Circunstanciado.

O detalhe é que o homem não é novato no meio policial, mas não da forma que fingia. Ele já tem condenação por tráfico de drogas e é velho conhecido das forças de segurança da região. Nome e idade dele não foram divulgados.

O episódio deixou claro que, além de ilegal, o golpe da farda falsa não garante romance e ainda pode render um belo problema com a Justiça. Fica a lição: mentira tem perna curta, tatuada ou não.

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