Último compromisso antes do Super Mundial? Então nada melhor do que viajar até Porto Alegre, ser cirúrgico e voltar com três pontos no bolso. Foi exatamente o que o Fluminense fez neste sábado ao vencer o Internacional por 2 a 0, no Beira-Rio, com um gol em cada tempo e sem sofrer sustos.
O time de Renato Portaluppi não só emendou a quinta vitória em seis jogos como também chegou aos 20 pontos, subiu para a quinta colocação e ficou colado no G4. Tudo isso com um futebol simples, eficiente e que fez o Colorado parecer um time sem soluções.
Logo aos 11 minutos, o Flu mostrou que não estava para passeio. Samuel Xavier, numa função quase de meia central, olhou bem e meteu uma enfiada daquelas para Kevin Serna, que ganhou na corrida e tocou com categoria na saída de Anthoni. Um gol tão direto quanto o estilo de jogo do Tricolor: poucos toques, velocidade e precisão.
O Inter tentou responder, mas ficou só na tentativa. O time de Roger Machado penou para criar, com Alan Patrick apagado e a marcação tricolor bem encaixada. Fábio, no gol, foi praticamente um espectador VIP da primeira etapa. Ainda teve um susto no fim: Arias foi derrubado na área, o juiz até marcou pênalti, mas o bandeira salvou o Colorado com um impedimento.
Na volta do intervalo, o Inter apareceu mais vivo. A postura mudou, o volume aumentou e Wesley foi o único a realmente ameaçar o gol tricolor. Aos 11, ele aproveitou um vacilo da zaga, bateu firme e obrigou Fábio a trabalhar. Na jogada seguinte, cabeceou com perigo e de novo parou no goleiro.
Mas foi fogo de palha. O gás colorado durou pouco e, quando o ritmo caiu, o Fluminense aproveitou como quem sabe o que faz. Aos 38, Jhon Arias puxou da direita, deixou com Paulo Baya, e o atacante decidiu arriscar de longe. A bola desviou no caminho, enganou Anthoni e decretou o 2 a 0. Sorte? Talvez. Mas quem não chuta, não conta com o desvio.
O Inter ainda tentou algo, mas não tinha mais pernas nem ideias. O Fluminense, por outro lado, mostrou maturidade e controle, matando o jogo na hora certa. Agora, embala rumo ao Super Mundial com moral e consistência, enquanto o Colorado fica com mais perguntas do que respostas.
E assim, o Tricolor segue firme na briga lá em cima, mostrando que não precisa de brilho exagerado para ser competitivo só de um plano bem executado.