O Corinthians bem que tentou, mas ficou no quase de novo. Jogando na Neo Química Arena, o time pressionou, teve mais posse, finalizou, carimbou a trave duas vezes e… nada de gol. O empate sem graça por 0 a 0 com o Vitória, neste domingo, foi mais um daqueles jogos em que o torcedor sai se perguntando se o problema é sorte, finalização ou paciência mesmo.

Com o resultado, o Timão soma 15 pontos e perde mais uma chance de se aproximar da parte de cima da tabela. Já o Vitória, com 10 pontos, respira fora da zona, mas por pouco: está em 16º, só um degrau acima do buraco.

O primeiro tempo foi todo do Corinthians. Mais de 60% de posse de bola, domínio territorial e pressão constante, mas tudo isso com um problema crônico: falta de capricho no terço final. O time rondava a área do Vitória, mas pouco ameaçava de fato. A primeira chegada mais perigosa veio com Matheus Bidu, que soltou uma pancada da esquerda, mas parou em Lucas Arcanjo.

Depois, um dos raros lances que realmente levantaram a torcida: bola dividida na área, sobra para Memphis Depay, que bateu com força, mas a bola explodiu no rosto do goleiro. Literalmente, uma defesa na raça.

Nos minutos finais da primeira etapa, o Corinthians tentou resolver na base do chuveirinho, mas a defesa baiana, bem postada, segurou a bronca. O Vitória se limitou a se fechar e tentar um contra-ataque salvador que nunca veio.

Na volta do intervalo, uma boa notícia: Rodrigo Garro voltou de lesão e entrou no lugar de Héctor Hernández. E o argentino até tentou mudar o panorama. Logo aos 16 minutos, ele achou Talles Magno com um passe milimétrico. O atacante até mandou na trave, mas o bandeira já tinha levantado o impedimento. Tudo em vão.

Conforme o tempo passava, o jogo se abria. O Corinthians aumentava a pressão, e o Vitória começava a encontrar espaço para contra-atacar. E quase deu certo. Aos 27, Baralhas puxou contra-ataque, Kayzer pegou a sobra e bateu forte, exigindo boa defesa de Hugo Souza.

A reta final virou um jogo de nervos. O Corinthians tentava o abafa, enquanto o Vitória respondia com velocidade. Em mais uma boa chance, Garro acertou a trave em cobrança de falta, arrancando lamentos da arquibancada. Baralhas ainda assustou no outro lado, mas ninguém conseguiu mudar o 0 a 0 no placar.

No fim, ficou aquele gosto amargo de mais dois pontos desperdiçados em casa. O Corinthians teve a bola, teve as chances, teve a trave como vilã, mas não teve o gol. E, num campeonato em que cada rodada pesa, tropeçar em casa contra quem está lá embaixo pode custar caro lá na frente.

Compartilhar.