Em menos de um mês, um tipo de café específico virou tendência nas redes sociais, despertando o interesse de quem já era fã da bebida e de quem está só começando a explorar esse universo. O motivo? Uma combinação de sabor, aroma e experiência sensorial que tem feito muita gente redescobrir o prazer de uma boa xícara.
O Brasil, reconhecido mundialmente pela produção de café, tem uma variedade enorme de grãos e métodos de preparo. Mas agora, a curiosidade de muitos tem se voltado justamente para as diferenças entre categorias de qualidade e tipos de torra, dois fatores que influenciam diretamente o gosto final da bebida.
Pra começar, vale entender que os cafés são classificados de acordo com o padrão dos grãos e o processo de torrefação. Entre as categorias mais comuns, estão o extra forte, que usa grãos de qualidade inferior e tem um sabor bem amargo, e o tradicional, aquele mais presente nas casas brasileiras, com grãos misturados e sabor mais intenso.
Mas a febre atual é por cafés de categorias superiores. O café gourmet, feito com grãos de alta qualidade, tem notas aromáticas mais delicadas e sabores mais refinados. Já o café especial, o queridinho do momento, é avaliado com mais de 85 pontos em testes de qualidade, com destaque para a complexidade de sabor, doçura e acidez equilibrada.
Outro fator que tem mexido com o paladar dos brasileiros é a torra. Esse processo transforma o grão verde em um café aromático e saboroso. As torras mais claras, por exemplo, são as preferidas para quem busca um sabor mais leve, com notas cítricas e florais. Já a torra média clara, com toques frutados, tem conquistado muita gente nas redes, justamente por equilibrar acidez e doçura.
Para quem gosta de um café mais encorpado, a torra média traz um aroma marcante e um sabor que combina bem com bolos e sobremesas. Se a ideia for um café com menos acidez e um amargor moderado, a escolha certa é a torra média escura, que lembra notas de chocolate. Já os fãs de café bem forte continuam apostando na torra escura, típica dos cafés extra fortes.
Mas não é só a torra que influencia no resultado da xícara. A forma de armazenar o café também faz toda a diferença. Quem quer manter o aroma e o frescor por mais tempo deve preferir o café em grão e só moer na hora do preparo. Guardar em pote hermético, longe da luz, calor e umidade, também é essencial para manter a qualidade.
A origem do grão é outro detalhe que faz toda a diferença. Altitude, clima e método de processamento influenciam diretamente nas notas de sabor e aroma. Por isso, cada safra exige um cuidado especial na hora da torra. Produtores e torrefadores fazem testes até encontrar o ponto ideal, garantindo uma bebida equilibrada e com personalidade.
No final das contas, essa nova onda de interesse pelo café tem feito muita gente sair do automático e começar a experimentar sabores diferentes. O resultado? Uma redescoberta do café brasileiro, agora com muito mais atenção aos detalhes e ao prazer de cada gole.