Pessoas
colaborando em prol de um objetivo em comum, que traga prosperidade
para todos. Essa é a máxima do cooperativismo, um tema que atrai a
atenção dos adultos, mas também chama a atenção das crianças. A exemplo
dos alunos do Colégio Adventista de Cascavel, que se uniram para
participar de uma ação desenvolvida pelo Instituto Sicoob e abraçada
pelo Sicoob Credicapital, com apadrinhamento da agência Migrante: o
projeto Cooperativa Mirim. 

No dia 25 de
maio, ocorreu a cerimônia de posse do Conselho de Administração da
COOPEAC, cooperativa mirim organizada e conduzida pelos próprios alunos.
Ao todo, são 15 membros.

Na cooperativa
mirim, os alunos são convidados a participar de forma voluntária, uma
vez por semana no contraturno. As crianças aprendem sobre
empreendedorismo e desenvolvem um objeto de aprendizagem, escolhido pelo
grupo todo, com base em referências de saberes e fazeres ligados às
demandas sociais, culturais e ambientais da comunidade do entorno da
instituição de ensino. 

Na COOPEAC, os
alunos vão produzir sabão, feito a partir do óleo de cozinha utilizado e
embalagens feitas com papéis reutilizados de provas e bilhetes que
seriam descartados. Posteriormente, tudo será comercializado dentro das
dependências do colégio, para que os cooperados aprendam a gerir o
próprio negócio. 

 “Quando
trabalhamos com o cooperativismo, não temos a função apenas de formar o
aluno pedagogicamente falando, mas humanamente, é o todo. Quando eles
entendem a importância de colaborar e contribuir uns com os outros, eles
conseguem trabalhar na sociedade de maneira mais integral, sólida e de
valor”, destaca a professora responsável pelo projeto, Kelly Custódio.

Na diretoria
existem diferentes cargos, como presidente, vice-presidente, diretor,
secretária e conselheiros. João Pedro Bruder Bonomo, 15 anos, ocupa o
cargo de vice-presidente e está na cooperativa desde o início, há 4
anos. “A professora sempre comentava nas aulas que era um projeto sobre
empreendedorismo, que teríamos uma cooperativa própria e nós seríamos
responsáveis pelas decisões e isso me chamou bastante atenção. Aqui
aprendemos sobre educação financeira, oratória, como fazer uma reunião,
que são coisas que irão contribuir no futuro, explica o aluno.

Para Sarita
Brumer Bonomo, mãe de João Pedro e de duas meninas que também fazem
parte da cooperativa, o projeto colabora diretamente na formação das
crianças. “É muito importante para o desenvolvimento da criança e do
adolescente, porque hoje eles têm se perdido muito com tantas coisas que
o mundo oferece com tecnologia. A cooperativa vem para trazer uma visão
de sociedade para eles, que mesmo pequenos, eles podem colaborar para
melhorar a sociedade”.

Aliana Gebing,
supervisora da agência Migrante e uma das responsáveis pelo projeto,
finaliza destacando a importância do desenvolvimento da criança, para
uma vida adulta financeiramente saudável. “Isso mostra tanto para os
colaboradores e cooperados que o cooperativismo deve começar desde cedo.
As crianças e adolescentes que participam serão os adultos de amanhã.
Aqui eles aprendem como se deve vender um produto, economizar dinheiro”,
complementa.

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