Se você trabalha ou já trabalhou com carteira assinada, por conta própria ou mesmo como facultativo, tem um registro completo guardado num sistema chamado CNIS, o Cadastro Nacional de Informações Sociais. E é esse histórico que o INSS usa para calcular benefícios como aposentadoria, pensão por morte e auxílio-doença.

O CNIS é, basicamente, o extrato de toda a sua vida profissional, com detalhes sobre empregos, contribuições, salários, datas de entrada e saída, além de informações sobre afastamentos ou benefícios recebidos. Tudo isso fica registrado nesse banco de dados criado justamente para organizar e garantir os direitos de quem contribui com a Previdência.

A boa notícia é que qualquer trabalhador pode acessar o CNIS facilmente, pela internet. É só entrar no portal Meu INSS, que também tem aplicativo, fazer um cadastro simples, com dados pessoais e criação de senha, e procurar pela opção “Extrato de Contribuição (CNIS)”. Em poucos cliques, dá pra ver todo o histórico de vínculos empregatícios e contribuições feitas ao longo dos anos.

Quem preferir também pode consultar esse extrato presencialmente em uma agência do INSS, mas é necessário fazer um agendamento antes. O documento impresso mostra detalhes como salários de contribuição, tempo trabalhado e empregadores registrados no sistema.

Mas atenção: acompanhar esse extrato com frequência é essencial. Isso porque o CNIS nem sempre está 100% correto. Às vezes, faltam registros, vínculos aparecem com datas erradas ou contribuições feitas por conta própria não são reconhecidas. E isso pode atrapalhar, e muito, na hora de pedir a aposentadoria ou outro benefício.

Se você encontrar algum erro, não dá pra deixar pra lá. É preciso pedir a correção diretamente ao INSS, que pode ser feita pelo próprio portal Meu INSS (na opção “Atualizar Dados do CNIS”) ou presencialmente. Mas prepare-se: o órgão só altera as informações se você apresentar documentos que comprovem o vínculo ou a contribuição. Pode ser carteira de trabalho, contracheques, guias de recolhimento, recibos ou outros documentos que validem o que está faltando.

O CNIS também registra contribuições feitas por autônomos, domésticos, segurados facultativos e até atividades rurais, quando declaradas. Por isso, quem trabalha por conta ou teve empregos informais deve redobrar a atenção ao conferir o extrato.

Manter esse cadastro atualizado é muito mais do que um detalhe: é garantia de que seu tempo de contribuição será reconhecido quando você for solicitar aposentadoria, pensão ou qualquer outro benefício. Se os dados estiverem incompletos, o INSS pode atrasar a concessão ou até recusar o pedido.

Por isso, fica a dica: acessar o CNIS e conferir tudo com calma é uma das atitudes mais importantes para quem contribui com a Previdência Social. E quanto mais cedo você fizer isso, menos dor de cabeça vai ter no futuro.

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