A Polícia Militar do Paraná (PMPR) passou a adotar oficialmente o uso das armas de incapacitação neuromuscular Taser 10 em operações por todo o Estado. O equipamento já está sendo utilizado em diversas situações, como surtos, ameaças à integridade de terceiros e até em casos de motoristas embriagados que colocavam em risco a própria vida e a de outras pessoas. Desde agosto, mais de 30 ocorrências foram registradas com o uso do dispositivo.

Em Guarapuava, por exemplo, policiais precisaram intervir quando um homem em surto arremessava facas pela janela de um prédio. Após horas de negociação, foi necessária a utilização da Taser para imobilizar o indivíduo, que acabou sendo atendido pelo SAMU.

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, destaca que a incorporação desse tipo de armamento reforça a modernização das forças policiais e contribui para preservar vidas em situações de alto risco. Já o capitão Erlington José Medeiros de Barros ressalta que a Taser se apresenta como uma alternativa importante ao uso de armas de fogo, reduzindo a letalidade nas ruas.

Em Catanduvas, o novo equipamento também já está em uso. No início deste mês, a Polícia Militar empregou a Taser em apoio ao SAMU durante uma ocorrência de surto, garantindo o controle da situação de forma segura e sem ferimentos. A corporação considera a experiência positiva e reforça que o dispositivo se mostra eficiente para proteger tanto os policiais quanto a população.

Atualmente, mais de 2 mil policiais militares já foram capacitados para o uso do Taser em todas as regiões do Paraná, o que representa 67% da meta inicial de 3 mil profissionais. A previsão é de que a capacitação seja concluída nos próximos meses, consolidando o uso da Taser 10 como padrão operacional da PMPR.

Um dos diferenciais do equipamento é a capacidade de efetuar até dez disparos sem a necessidade de recarga imediata, atingindo até três alvos distintos. O choque elétrico aplicado é de baixa intensidade (1,2 miliampere), suficiente para imobilizar temporariamente sem oferecer risco significativo à vida.

Além da PM, outras forças de segurança do Estado, como Polícia Civil, Polícia Penal e Polícia Científica, também já receberam unidades do equipamento e iniciaram os treinamentos.

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