Se você acha que o pinhão é só uma semente típica das festas juninas, talvez esteja subestimando um verdadeiro aliado da saúde. Ele é colhido entre março e agosto e, além de delicioso, é uma bomba de nutrientes que faz bem para o coração, o cérebro, o intestino e até para o controle do diabetes.

Vamos começar com um ponto essencial: o pinhão é rico em fibras, potássio, proteínas e minerais como ferro e cobre. Isso tudo com baixo teor de gordura e sódio. Ou seja, um combo nutritivo que funciona para crianças, idosos, atletas e qualquer pessoa que queira comer melhor.

Para quem vive de olho na balança ou precisa controlar a glicemia, ele é uma ótima notícia. Por ter baixo índice glicêmico, muito amido resistente e fibras, o pinhão não causa picos de açúcar no sangue. Isso o torna um aliado seguro e saboroso para quem tem diabetes. E como suas fibras aumentam a sensação de saciedade, ele também ajuda a segurar a fome por mais tempo, perfeito para quem está tentando emagrecer ou evitar beliscos fora de hora.

O coração agradece também. Rico em potássio, o pinhão ajuda a controlar a pressão arterial, equilibrando os efeitos do sódio no organismo. Além disso, os ômegas 6 e 9 ajudam a reduzir o colesterol ruim, dando um reforço extra na prevenção de doenças cardiovasculares.

Se o seu foco é manter a mente afiada, o pinhão também tem lugar no seu prato. Ele contém vitaminas do complexo B, fósforo e potássio, que são fundamentais para o funcionamento do cérebro. Raciocínio mais claro, memória mais afiada e concentração em alta – tudo com uma semente que você encontra no mercado.

No intestino, o efeito também é positivo. As fibras do pinhão ajudam a melhorar o trânsito intestinal e prevenir a prisão de ventre, tornando a digestão mais fácil e confortável.

E os olhos? Sim, o pinhão também cuida da visão. Graças à luteína, um antioxidante poderoso, ele ajuda a proteger contra catarata e degeneração macular, que são problemas comuns com o envelhecimento.

Se você tem anemia, pode anotar mais um ponto. O pinhão tem ferro e cobre, dois minerais importantes para a formação e absorção de glóbulos vermelhos, ajudando a manter os níveis de energia em dia e o cansaço bem longe.

Outro benefício que não dá pra ignorar: a vitamina C presente no pinhão reforça a imunidade. Em 100 g cozidos, são quase 28 mg desse nutriente essencial para proteger o corpo contra infecções e doenças.

Na cozinha, o pinhão vai muito além do tradicional cozido. Ele pode virar farinha, base para pães, bolos, biscoitos, risotos, farofas e até sobremesas como cheesecakes e bombons. Dá pra comer como petisco ou incluir em receitas criativas. E tem mais: até a água do cozimento pode ser reaproveitada como base nutritiva para caldos.

Mas atenção: pinhão cru nunca! Ele pode ser tóxico. O preparo certo é cozinhá-lo por 30 a 40 minutos na pressão. Também é bom evitar exageros, já que 100 g têm cerca de 43 g de carboidratos e 175 kcal. Quem tem problemas renais ou segue dietas com baixo teor de carboidrato deve consumir com orientação.

Com tantos benefícios, o pinhão mostra que é muito mais do que um ingrediente típico do Sul: é um superalimento versátil, nutritivo e cheio de sabor que merece um espaço na sua rotina.

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