O homem de 39 anos que confessou ter matado a filha de 5 anos em Guaramirim, no Norte catarinense, foi indiciado pela Polícia Civil esta semana. Segundo o delegado responsável pelo caso, Augusto Brandão, na quinta-feira (24) a denúncia por homicídio triplamente qualificado foi oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina e recebida pelo judiciário.
Ele foi indiciado pela polícia por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que tornou impossível a defesa da vítima. Os celulares do pai e da mãe da criança seguem em perícia e o laudo será encaminhado à Justiça.
“A denúncia já foi oferecida e recebida pelo judiciário pelo mesmo crime, além do que, foi incluído o agravante do crime ter sido cometido contra criança e descendente”, afirmou o delegado Augusto Brandão.
Evelyn Vitória Modrok foi encontrada sem vida na casa do pai. Segundo a polícia, ela foi morta estrangulada com uma camiseta em 12 de junho, os avós maternos da criança mora em um propriedade no interior de Catanduvas, próximo a Vila Santa Cruz.
O pai foi autuado em flagrante por homicídio qualificado no dia do crime e chegou a ser hospitalizado com ferimentos provocados por uma faca na região do pescoço e no pulso. No dia seguinte, ele foi encaminhado ao Presídio Regional de Jaraguá do Sul, também no Norte do estado, onde segue preso. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do pai.
Em depoimento à polícia, ele disse que estrangulou a menina alegando que não aguentava mais ver a filha sofrendo com o fim do relacionamento dele com a mãe da criança.
A mãe, Francieli Beregula, contou que pôs fim ao relacionamento de cerca de 7 anos após traições e abusos psicológicos. Desde então, estava com um processo para formalizar a guarda compartilhada da menina. Eles teriam acordado uma guarda compartilhada, mas nos últimos dias, o homem não estaria deixando a mãe ver a menina.
Na sexta-feira (11), noite que antecedeu o assassinato, Francieli foi até a casa do ex-companheiro para ver a filha que estava doente, com febre. Após preparar o jantar e dar comida para a filha, a mulher voltou para sua casa. Antes, se despediu dela e prometeu que voltaria para fazer o almoço no sábado.
“Eu sei que essa dor nunca vai diminuir, nunca vai passar, mas eu tenho que tentar por ela porque ela não queria me ver mal”, afirmou a mãe.
Na casa do pai, onde a menina foi encontrada morta, amigos e familiares fizeram homenagens com cartazes e fotos na semana da morte.
CATANDUVAS EM FOCO E G1