Na madrugada deste domingo (22), os Estados Unidos realizaram a Operação Martelo da Meia-Noite, um dos maiores e mais agressivos ataques militares dos últimos anos contra o Irã. Segundo o secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, e o chefe das Forças do Estado-Maior, Dan Caine, a ofensiva começou por volta das 2h10 da manhã (horário local no Irã) e envolveu um arsenal impressionante.
Logo no início da operação, foram lançadas 14 granadas de artilharia pesada sobre alvos estratégicos, dando início ao que os militares descreveram como uma sequência cuidadosamente planejada de ataques. No total, mais de 125 aeronaves participaram da missão, incluindo bombardeiros B-2 Spirit, caças, aviões de reconhecimento e aviões-tanque.
O destaque da ação foi o uso de sete bombardeiros B-2 Spirit, que lançaram bombas de 13.660 quilos cada uma, com foco nas instalações nucleares de Fordow e Natanz, dois dos principais pontos do programa nuclear iraniano. Além disso, mísseis Tomahawk foram disparados contra alvos estratégicos na cidade de Isfahan, ampliando o alcance da ofensiva.
Para driblar os sistemas de defesa do Irã, os militares americanos realizaram uma manobra de dissimulação, deslocando parte das aeronaves sobre o Oceano Pacífico como uma espécie de “isca”. Enquanto isso, o pacote principal de ataque seguiu praticamente em silêncio, com comunicações mínimas, evitando detecção.
Segundo o chefe do Estado-Maior, por volta das 3h30, todas as aeronaves envolvidas já haviam deixado o espaço aéreo iraniano. Os bombardeiros partiram de uma base aérea localizada no estado do Missouri, nos Estados Unidos.
Os militares classificaram a missão como a mais longa já realizada com bombardeiros B-2, tanto em distância quanto em tempo de execução. A operação reforça o tom de escalada no conflito iniciado após os ataques israelenses em junho, aumentando ainda mais a tensão no Oriente Médio.
Até o momento, o governo iraniano não divulgou informações detalhadas sobre os danos causados.