Uma mudança que promete aliviar o bolso de muita gente está chegando: a partir de julho de 2025, entra em vigor uma nova versão da Tarifa Social de Energia Elétrica, que vai beneficiar mais de 60 milhões de pessoas em todo o Brasil. A proposta é simples, mas poderosa: garantir energia mais barata ou até de graça, para quem mais precisa.
A nova regra amplia o número de famílias atendidas e redefine os descontos. Quem está no Cadastro Único (CadÚnico) e tem renda de até um salário mínimo por pessoa, por exemplo, terá isenção da cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), uma taxa embutida na conta, desde que o consumo mensal fique até 120 kWh.
E tem mais: alguns grupos terão gratuidade total da conta de luz, desde que usem até 80 kWh por mês. Isso vale para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), famílias indígenas, quilombolas e idosos com mais de 65 anos em situação de vulnerabilidade. Se o consumo passar desse limite, paga-se apenas a diferença.
Ou seja: para milhões de brasileiros, a luz vai continuar acesa sem pesar no orçamento.
Outra novidade importante é que o benefício será automático. Nada de correr atrás de documentos ou enfrentar filas. A verificação será feita a partir dos dados que o governo já tem, o que reduz burocracia e facilita o acesso à ajuda.
A economia também não é pequena. Só com a isenção da CDE, famílias do CadÚnico terão uma redução média de 11,8% na fatura. Para os grupos que se enquadram na gratuidade total, o alívio é ainda maior. Afinal, deixar de pagar a conta de luz significa mais dinheiro para comida, saúde e outras prioridades do dia a dia.
A nova política pública terá efeito direto em todo o país, mas algumas regiões vão sentir esse impacto com mais força. O Nordeste lidera em número de famílias beneficiadas, com 7,75 milhões de lares atendidos. Em seguida vêm o Sudeste (5,69 milhões), o Norte (1,65 milhão), o Sul (1,26 milhão) e o Centro-Oeste (1,03 milhão).
Estados como São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Ceará estão entre os que mais concentram beneficiários.
Essa reestruturação no setor elétrico mostra uma tentativa concreta de usar a energia como ferramenta de inclusão social. Garante dignidade, reduz desigualdades e ajuda a combater a pobreza de forma prática. Em vez de discursos vazios, é uma política pública que pode realmente mudar o cotidiano de quem vive com o orçamento apertado.
A conta de luz sempre foi uma das vilãs do mês para quem vive com pouco. Agora, ao menos para milhões de brasileiros, essa história vai começar a mudar.