O Manchester City resolveu lembrar o mundo, mais uma vez, por que é tratado como favorito a levar o Super Mundial de Clubes. Com direito a goleada de 5 a 2 em cima da Juventus, o time de Guardiola encerrou a fase de grupos com 100% de aproveitamento e agora aguarda tranquilo seu próximo adversário nas oitavas.
Na prática, o jogo foi menos equilibrado do que o placar sugere. A Juventus até tentou fazer jogo duro, mas foi engolida por um City afiado, veloz e com aquele jeitão de quem joga no modo fácil do videogame.
O começo já deu o tom. Antes dos dez minutos, Doku abriu o placar com um chute seco, daqueles que o goleiro só observa e pensa: “já era”. A Juventus respondeu na base da sorte — ou melhor, da lambança. Ederson saiu jogando como se estivesse num rachão de fim de semana e presenteou Koopmeiners, que empatou sem cerimônia.
Mas se os italianos pensaram que dali nascia um jogo parelho, se enganaram bonito. O City continuou pressionando, e aos 26, Kalulu resolveu ajudar do lado errado: na tentativa de cortar um cruzamento rasteiro de Matheus Nunes, mandou contra o próprio gol. Um clássico “faz e me abraça”.
Os ingleses seguiram em cima, com direito a boas chances antes do intervalo. Ait-Nouri quase deixou o dele, mas Di Gregório fez milagre para evitar um estrago maior antes do café.
Na volta, o que era domínio virou passeio. Aos sete minutos, Haaland recebeu de Matheus Nunes, se enrolou um pouco com a bola, mas conseguiu o terceiro gol, só pra reforçar o roteiro da noite: tudo dava certo pros Citizens.
A goleada foi questão de tempo. Aos 24, Savinho serviu Foden na pequena área e o camisa 47 só teve o trabalho de empurrar. E, pra fechar com estilo, o próprio Savinho tratou de marcar um golaço aos 30 minutos: chute colocado da entrada da área, bola no ângulo e Di Gregório ficou só no papel de espectador.
A Juventus, já entregue, ainda conseguiu um gol de honra com Vlahovic, que recebeu belo passe de Yildiz e tocou na saída de Ederson. Um prêmio de consolação, daqueles que a gente recebe com cara de quem não sabe onde guardar.
O apito final selou o que foi, basicamente, uma aula de como se joga futebol moderno. O City sobrou em campo, dominou o jogo do começo ao fim e mandou um recado bem claro: está mais do que pronto pra encarar o que vier pela frente.
E a Juventus? Vai ter que juntar os cacos e pensar se não é melhor trocar o GPS do time. Porque nesse Mundial, claramente, eles pegaram o caminho errado.