O clima entre Israel e Irã ficou ainda mais tenso nesta terça-feira (24), depois que o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), Eyal Zamir, afirmou que o país vai “responder com força” à violação do cessar-fogo pelo regime iraniano.

O pronunciamento veio durante uma avaliação da situação militar, logo após a confirmação de que o Irã lançou mísseis balísticos contra o norte de Israel, poucas horas depois do início oficial da trégua, que havia sido mediada pelos Estados Unidos.

O ataque foi mais um capítulo da ofensiva iraniana, que já tinha deixado 28 mortos e milhares de feridos, segundo dados preliminares de autoridades israelenses. Entre os alvos atingidos estão Tel Aviv, Holon, Haifa e Berseba, onde quatro civis morreram após um míssil atingir um prédio residencial.

A resposta de Israel começou antes mesmo do anúncio oficial de retaliação. O ministro da Defesa, Israel Katz, já havia ordenado ataques intensos contra alvos iranianos em Teerã. Durante a madrugada, caças israelenses bombardearam mais de 100 pontos estratégicos, incluindo centros de comando do programa nuclear SPND e bases de lançamento de mísseis balísticos que estavam prontas para novos disparos.

O Exército israelense mantém o alerta máximo em todo o país, com orientações claras para que a população permaneça perto de abrigos e áreas protegidas. O porta-voz das Forças de Defesa, general Effie Defrin, reforçou o recado: “Ainda há perigo”.

O cenário coloca em dúvida a eficácia do cessar-fogo anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, que tentou intermediar uma trégua. Na madrugada, Trump chegou a publicar nas redes sociais: “O CESSAR-FOGO JÁ ESTÁ EM VIGOR. POR FAVOR, NÃO O VIOLEM!”

No campo político, a pressão interna sobre o governo israelense também aumentou. Deputados de diferentes partidos exigem uma resposta ainda mais dura, com ataques direcionados até a símbolos do poder político do regime iraniano em Teerã.

Com a escalada da violência, o risco de um novo ciclo de confronto direto entre os dois países parece cada vez mais próximo.

Compartilhar.