O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% em agosto, indicando que os preços, em média, ficaram mais baratos. O resultado, divulgado, representa a primeira queda desde agosto de 2024 (-0,02%) e a mais acentuada desde setembro de 2022 (-0,29%).
Em julho, o IPCA havia registrado alta de 0,26%. Com o desempenho de agosto de 2025, o acumulado nos últimos 12 meses atingiu 5,13%, valor inferior aos 5,23% observados nos 12 meses anteriores, finalizados em julho.
A redução na conta de luz, com queda de 4,21%, exerceu um impacto negativo de 0,17 ponto percentual sobre o índice, sendo o item que mais contribuiu para a deflação. Esse recuo no preço da energia elétrica impulsionou a queda de 0,90% no grupo habitação. A diminuição nas tarifas foi impulsionada pelo Bônus de Itaipu, um desconto que beneficiou milhões de consumidores.
O grupo alimentação e bebidas também apresentou queda, com recuo de 0,46%, marcando o terceiro mês consecutivo de deflação. O setor de transportes, com diminuição de 0,27%, também contribuiu para o resultado negativo do IPCA.
O IPCA é utilizado para medir o custo de vida de famílias com renda mensal entre um e 40 salários mínimos. A coleta de dados para o cálculo do índice é realizada em diversas regiões metropolitanas e capitais do país.
O IPCA é a principal referência para o acompanhamento da política de metas de inflação. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, resultando em um intervalo entre 1,5% e 4,5%.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br