A atriz Giovanna Antonelli está no centro de uma investigação criminal por suspeita de envolvimento em um esquema de pirâmide financeira ligado à franquia de depilação Giolaser, marca da qual foi sócia e garota-propaganda. Ela é alvo de dois inquéritos, que também apuram os crimes de concorrência desleal, propaganda enganosa, crime contra a economia popular e falsidade ideológica.

A situação veio à tona após a abertura de um processo cível que pede uma indenização de R$ 2,2 milhões. Segundo a denúncia, os contratos da Giolaser omitiram informações importantes e enganaram investidores ao prometer faturamentos irreais, o que teria levado centenas de franqueados à falência.

Franqueados denunciam manipulação de valores e promessas falsas

O processo detalha que os documentos oficiais da franquia informavam que o investimento inicial seria de R$ 530,5 mil, mas os franqueados descobriram que, na prática, o custo para abrir e operar uma unidade ultrapassava R$ 1,1 milhão, um aumento de mais de 210% em relação ao valor apresentado na COF (Circular de Oferta de Franquia).

Além da diferença nos custos, a denúncia cita cobranças abusivas de taxas, concorrência desleal dentro do próprio grupo empresarial e omissão sobre como o dinheiro investido pelos franqueados era utilizado.

Outro ponto destacado pelos denunciantes é que os contratos não deixavam claro que a Giolaser fazia parte do Grupo Salus, o que dificultava a compreensão sobre a estrutura real por trás da marca.

Quase mil processos contra o Grupo Salus

O caso se agrava ainda mais com a informação de que existem quase mil processos envolvendo o Grupo Salus e seus franqueados, todos relacionados a problemas contratuais, financeiros e operacionais.

O Grupo Salus, fundado por Carla Sarni, tinha como sócia Giovanna Antonelli, que, além de integrar a administração, estampava campanhas publicitárias da Giolaser.

Denunciantes alegam fraude em massa

O processo acusa os responsáveis pela Giolaser de propagar na mídia um suposto faturamento bilionário e vender um modelo de negócio que, na realidade, provocou a insolvência de centenas de investidores. A documentação entregue à Justiça afirma que houve fraude nas informações financeiras, manipulação contábil e omissão de dados relevantes, levando os franqueados a investir valores muito superiores aos previstos.

Defesa de Giovanna Antonelli nega envolvimento

Em resposta às acusações, a equipe jurídica da atriz afirma que ela não participou das decisões comerciais nem teve envolvimento na gestão da franquia. A defesa classifica as denúncias como “litigância predatória”, com alegações falsas que usam o nome da atriz para dar visibilidade ao caso.

Segundo a nota, a única responsável pelos contratos de franquia é a empresa que administra o negócio, ou seja, o Grupo Salus. A defesa reforça que, se houve algum prejuízo, a responsabilidade é exclusiva da empresa que assinou os contratos com os franqueados.

Até o momento, nem Giovanna Antonelli nem o Grupo Salus se manifestaram diretamente sobre o caso. Ambos foram procurados, mas não deram retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

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