Foi um daqueles jogos em que um time martela, cria, insiste… e perde. O Fortaleza teve mais de 30 finalizações, buscou uma reação heroica depois de estar perdendo por 2 a 0, mas viu tudo ruir nos acréscimos com um golaço de Rollheiser. Vitória por 3 a 2 do Santos, que escapou do Z4. Já o Leão, esse entrou na zona da degola com mais uma frustração no Castelão.

O roteiro foi cruel com os donos da casa. O time começou em cima, explorando muito o lado direito, e chegou a assustar com Marinho, Gustavo Mancha e uma bola na trave de Deyverson. Só que, na primeira escapada do Santos, o castigo veio. Zé Welison perdeu bola no meio, Barreal e Rollheiser tabelaram e o argentino finalizou com frieza: 1 a 0 Peixe, com apenas 14 minutos.

O Fortaleza voltou a pressionar, obrigando Brazão a boas defesas, mas o Santos foi fatal de novo. Em jogada de lateral, Tiquinho protegeu na área e deixou Guilherme livre pra bater de primeira: 2 a 0, mais um balde de água fria em pleno calor nordestino.

O segundo tempo virou quase um treino de ataque contra defesa. O Santos se fechou e o Fortaleza martelava. E quando Vojvoda mexeu no time, a maré virou. Primeiro, Pochettino mandou um foguete de fora e, no escanteio seguinte, a bola bateu no braço de Zé Ivaldo. O VAR entrou em ação e o pênalti foi marcado. Pikachu cobrou e descontou.

E nem deu tempo de respirar. No minuto seguinte, Pikachu invadiu a área pela direita e caiu após contato com Escobar. Outro pênalti. De novo ele na bola, de novo no mesmo canto, de novo gol: 2 a 2, Castelão em erupção.

O Santos estava nas cordas. Brazão virou o herói inesperado. Defendeu cara a cara com Breno Lopes, salvou mais uma em chute de Lucero e segurava o empate como podia. Até que Rollheiser decidiu que ia resolver.

Aos 48, o argentino recebeu na direita, cortou pro meio e mandou uma canhota precisa no cantinho. Gol de quem tem estrela. Gol de quem faz a diferença. Gol da vitória santista.

O Santos, que era o pressionado, sai do Castelão com moral e fora da zona de rebaixamento, agora em 14º lugar. Já o Fortaleza, apesar do esforço e das chances criadas, amarga mais um revés doloroso e entra no Z4.

No futebol, nem sempre a justiça do volume de jogo prevalece. Às vezes, basta ser frio, eficiente — e ter um goleiro iluminado.

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