Policiais civis da 60ª DP (Campos Elíseos) e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), com apoio da Polícia Militar, iniciaram, nesta terça-feira (10), uma operação contra uma quadrilha que atua em roubos de cargas na Baixada Fluminense. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 4 milhões.
Um dos alvos é Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, apontado pelo MP como o chefe da organização criminosa. Um mandado de busca e apreensão está sendo cumprido no Presídio Federal de Catanduvas, onde o traficante está preso desde março desse ano. Essa é a 5ª passagem dele pelo presídio de segurança máxima.
“O denunciado LUIZ FERNANDO DA COSTA, vulgo ‘FERNANDINHO BEIRA-MAR’, encontra-se preso há décadas, como uma verdadeira enciclopédia criminal, contendo 89 (oitenta e nove) anotações criminais no Portal de Segurança e ainda assim, exerce soberania sobre os criminosos que lhes são subordinados, mantendo seus redutos, através do império do medo, sendo a principal liderança nas Comunidades Parque das Missões e Jardim Ana Clara, em Duque de Caxias”, diz a denúncia do MP.
A ação faz parte da 2ª fase da Operação Torniquete, que tem como objetivo reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e de veículos.
Os delitos financiam as atividades das facções criminosas, disputas territoriais e garantem pagamentos a familiares dos integrantes da quadrilha, estejam eles detidos ou em liberdade. Desde setembro, já são mais de 240 presos, além de veículos e cargas recuperados.
As investigações comprovaram que integrantes de uma organização criminosa, aliados a ladrões de carga, foram responsáveis por cometer dezenas de roubos de carga em vias expressas. O grupo — oriundo das comunidades Cangulo, Rua Sete, Jardim Ana Clara e Parque das Missões — atua na Avenida Brasil, na Rodovia Washington Luis e na Rio-Magé.
Os agentes conseguiram delimitar toda a estrutura hierárquica do bando, que utiliza armamento e aparelho bloqueador de sinais fornecidos pela facção. Em troca, 50% da renda obtida com os roubos eram repassadas à organização criminosa.
Ao todo, são 28 alvos de busca e apreensão — 11 deles estão presos. Os mandados são cumpridos em 6 presídios, sendo 5 no Rio de Janeiro e 1 na unidade federal de Catanduvas no Paraná.