Ficar sentado o dia inteiro pode parecer inofensivo, mas a ciência mostrou que esse hábito esconde perigos sérios. Um estudo da Universidade de Sydney, com mais de 72 mil pessoas, revelou quantos passos são realmente necessários para sair do sedentarismo e proteger a saúde.

A análise faz parte do UK Biobank, projeto que acompanha há quase 20 anos o comportamento e a saúde da população do Reino Unido. Os voluntários usaram dispositivos para monitorar sua movimentação por uma semana e os dados impressionaram.

A média de tempo sentado entre os participantes foi de 10,6 horas por dia. Mas aqueles que atingiam entre 9 mil e 10 mil passos diários tinham um risco 21% menor de infarto e 39% menor de morte precoce. Ou seja, movimento é vida.

E tem uma boa notícia: a partir de 4 mil a 4,5 mil passos por dia, já é possível colher metade desses benefícios. Isso equivale a uma caminhada de 30 minutos, ou pequenas mudanças de rotina, como subir escadas, passear com o cachorro ou descer do ônibus um ponto antes.

O pesquisador Matthew Ahmadi, que liderou o estudo, destaca que “essa não é uma solução mágica”, e lembra que reduzir o tempo sentado continua sendo essencial. Mesmo com os passos em dia, ficar muitas horas parado ainda traz riscos.

Para quem tem mobilidade reduzida, vale lembrar que o estudo considerou apenas pessoas sem doenças graves. Ainda assim, os resultados reforçam uma mensagem clara: qualquer movimento conta. De acordo com o estudo, a partir de 2.200 passos diários já se começa a ver impacto positivo na saúde.

Então, se você tem uma rotina parada, aqui vai a dica: não precisa virar atleta, nem correr maratona. O mais importante é começar a se mover um pouco todos os dias. Seus passos, mesmo os menores, são aliados poderosos para manter o corpo saudável e o coração protegido.

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