A estreia de Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira foi bem diferente do que muita gente esperava. Nesta quinta-feira, em Guayaquil, o Brasil ficou num empate sem gols com o Equador e saiu de campo sem mostrar muito futebol. Um começo que mais pareceu um treino apático do que a estreia de um dos técnicos mais vitoriosos do mundo.

Com o resultado, a Seleção chegou a 22 pontos nas Eliminatórias e segue na quarta colocação. O próximo compromisso é na terça-feira, contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo. Mas se quiser empolgar o torcedor, vai precisar mostrar bem mais.

O jogo começou com cara de guerra no meio de campo. Pouca criatividade, muitas faltas e um Equador mais interessado em correr do que em criar. Mesmo assim, foi o Brasil quem teve a primeira boa chance. Aos 22 minutos, Estêvão roubou a bola, tentou Richarlison, que não conseguiu dominar, e Gerson ajeitou para Vini Jr. bater travado. O goleiro Gonzalo Valle defendeu.

Logo depois, Vini Jr. passou bonito por Ordoñez e cruzou rasteiro. Vanderson teve a chance de finalizar, mas hesitou e perdeu a bola. E foi só. O Equador tentou responder com um chute de longe de Yeboah e uma falta perigosa pela esquerda, mas Alisson praticamente não trabalhou.

O segundo tempo continuou no mesmo ritmo sonolento. O Equador seguia com mais posse, especialmente pela esquerda, enquanto o Brasil só assustava em contra-ataques. Num desses, Estêvão inverteu bem a jogada, Vini Jr. limpou o marcador na linha de fundo e deixou Richarlison na cara do gol. Mas o atacante furou feio.

Ancelotti tentou mudar o rumo da partida com as entradas de Martinelli e Matheus Cunha nos lugares de Estêvão e Richarlison. Nada mudou. O Brasil ainda teve uma chance com Casemiro, que finalizou bem após corta-luz de Gerson, mas parou em Valle.

Nos minutos finais, parecia que o jogo poderia esquentar, mas foi só uma ilusão. Nada aconteceu de relevante e o árbitro apitou o fim de um empate sem sal, sem brilho e com cara de decepção.

Ancelotti, que chegou cercado de expectativa, viu sua equipe travada e sem ideias. O técnico tem um nome gigante, mas sua estreia pela Seleção não passou de um rascunho.

Se a intenção era empolgar, não funcionou.

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