A defesa de Virginia Fonseca não escondeu o choque com a decisão da senadora Soraya Thronicke, relatora da CPI das Bets, que pediu o indiciamento da influenciadora digital. Em nota, os advogados afirmaram que receberam o relatório com “surpresa e espanto”, e que ainda confiam na votação final dos senadores que integram a comissão.

O clima é de expectativa. O parecer da relatora ainda será analisado por todo o colegiado da CPI, que deve decidir ao longo da semana se concorda ou não com o indiciamento de Virginia e de outras 15 pessoas, entre influenciadores, empresários e representantes de sites de apostas.

A defesa insiste que Virginia agiu de forma legal ao divulgar as chamadas “Bets” e espera que ela receba o mesmo tratamento dado a outros influenciadores que, mesmo promovendo as plataformas de apostas, não foram incluídos no relatório final da senadora Soraya.

A participação de Virginia na CPI aconteceu no dia 13 de maio e chamou atenção do público – por vários motivos. O depoimento girou em torno da promoção de jogos de azar online, uma prática que levanta preocupações, já que muitos seguidores desses influenciadores são menores de idade ou pessoas vulneráveis a problemas com apostas.

Mas o que mais viralizou naquele dia foi algo bem fora da pauta: Virginia confundiu o microfone com o canudo da sua garrafa rosa, arrancando reações nas redes sociais. O momento, somado ao look dela, bombou no X (antigo Twitter) e colocou a influencer no topo dos assuntos mais comentados do país.

Mesmo com o tom formal da nota, a defesa aposta que os senadores vão revisar o relatório com justiça e coerência. A ideia é que, se outros influenciadores que também divulgaram as Bets ficaram de fora da lista de indiciados, Virginia deveria ter o mesmo destino.

Agora, é esperar o resultado da votação da CPI. A expectativa é grande não só para Virginia, mas para o mundo dos influenciadores digitais, que vem sendo cada vez mais cobrado por aquilo que promove para milhões de seguidores.

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