Se alguém esperava um jogo equilibrado na estreia da Juventus no Mundial de Clubes, pode esquecer. O que se viu em Washington foi uma exibição de força, técnica e, principalmente, protagonismo português. A Velha Senhora não tomou conhecimento do Al Ain e aplicou um sonoro 5 a 0, sem sustos, sem drama e com direito a gol bonito, golaço e até bola na trave.

Logo de cara, a Juve deixou claro que o caminho seria pelo lado direito. Francisco Conceição foi o motorzinho do time, participando de praticamente todas as jogadas perigosas desde os primeiros minutos. E a recompensa veio cedo. Depois de uma boa triangulação, Alberto Costa cruzou na medida para Kolo Muani, que subiu bonito e testou firme para abrir o placar.

O Al Ain nem teve tempo de respirar. A Juventus seguiu em cima e, de novo com protagonismo português, ampliou. Alberto Costa brigou dentro da área, conseguiu limpar a marcação e rolou para Francisco Conceição, que cortou para a canhota e bateu. A bola ainda desviou antes de morrer no fundo da rede: 2 a 0, e a impressão de que vinha goleada por aí.

E veio. O terceiro foi uma pintura. Yildiz recebeu na direita, trouxe pra dentro e soltou uma bomba de fora da área, um chute forte, seco, daqueles que o goleiro só acompanha com o olhar: 3 a 0.

Se alguém pensou que o intervalo traria um respiro para o Al Ain, se enganou. Antes mesmo de o juiz apitar o fim do primeiro tempo, veio o quarto. THuram lançou Kolo Muani em profundidade, o atacante ganhou na velocidade, ficou cara a cara com o goleiro e tocou com categoria para fazer o segundo dele na partida: 4 a 0, com direito a passeio no relógio.

No segundo tempo, até houve um breve susto para a Juventus. O Al Ain voltou tentando mostrar alguma reação. Teve um gol anulado logo de cara, depois Laba acertou um chute perigoso, obrigando Di Gregório a fazer boa defesa. Mas foi só. O gás dos árabes durou menos que promessa de começo de ano.

Quando a Juventus resolveu acelerar de novo, Francisco Conceição apareceu outra vez. Recebeu na direita, invadiu a área com facilidade, limpou o marcador e bateu cruzado de canhota: 5 a 0, e mais um destaque pessoal na conta.

Depois disso, o ritmo virou aquele clássico “modo treino”. A Juve trocou passes, girou o jogo, e só não fez o sexto porque Douglas Luiz carimbou a trave em boa finalização de fora da área.

No fim, o placar não deixou margem para dúvidas. Uma estreia de manual para a Juventus, que agora vai encarar o WAC na próxima rodada. Já o Al Ain, que sentiu o peso da diferença técnica logo de cara, vai ter o Manchester City pela frente. E se quiser evitar mais sofrimento, vai precisar de muito mais do que a disposição que tentou mostrar no segundo tempo.

Compartilhar.