O Fluminense entrou no Mundial de Clubes desacreditado por muitos, mas vai mostrando que está ali não só para passear. Depois de despachar a Internazionale com gol salvador de Hércules, ele voltou a ser decisivo nesta sexta-feira (4) ao marcar o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Al Hilal, garantindo o Tricolor na semifinal.
O duelo, disputado em Orlando, começou com cara de estudo. De um lado, o Fluminense com seu toque de bola paciente. Do outro, o Al Hilal, que vinha de eliminar simplesmente o Manchester City, entrou respeitando o time brasileiro. Nos primeiros minutos, ninguém se arriscava muito, parecia jogo de xadrez em campo de futebol.
A primeira chance mais clara só apareceu aos 19 minutos, quando Arias achou Nonato entrando na área, mas o chute foi digno de esquecer. Aí o Flu começou a entender o jogo, venceu a disputa no meio e passou a mandar na partida.
Aos 40, a paciência foi recompensada. Samuel Xavier cruzou da direita, o zagueiro do Hilal deu aquele presente clássico de final de ano e Fuentes, esperto, ajeitou para Martinelli. O volante girou bonito na área e mandou um tirambaço no ângulo. Bono só olhou.
Com 1 a 0 contra, o Al Hilal precisou sair da toca. E até tentou o empate ainda no primeiro tempo, em duas chegadas perigosas. Fábio salvou numa cabeçada de Koulibaly e, pouco depois, o árbitro deu um pênalti que foi cancelado pelo VAR, aquele famoso “calma, que nem tudo é o que parece”.
No segundo tempo, os sauditas voltaram com outra cara. Logo aos 6 minutos, empataram o jogo com Marcos Leonardo, livre como Wi-Fi em shopping, completando escorada de Koulibaly após escanteio. Tudo igual.
E o jogo ficou tenso. Cano teve a bola do 2 a 1 num erro de Renan Lodi, que entregou o ouro para o argentino. Ele invadiu a área, tentou driblar Bono, mas o goleiro do Hilal se salvou com uma mão salvadora. A partir dali, o Flu perdeu o controle do meio-campo e passou a ser pressionado.
Mas aí entrou em cena o talismã. Hércules, que havia saído do banco, apareceu como quem não quer nada, bloqueou um contra-ataque, teve o primeiro chute travado, mas recebeu o rebote de Samuel Xavier e, com categoria, tocou na saída de Bono para fazer o segundo do Flu.
O Al Hilal até tentou esboçar uma pressão final, mas o Fluminense soube segurar. No fim, vitória por 2 a 1 e vaga na final do Mundial. Com direito a mais um capítulo do conto de fadas de Hércules, que parece ter virado o herói tricolor do torneio.