O Manchester City entrou em campo contra o Al Ain com um único objetivo: carimbar a vaga nas oitavas do Mundial de Clubes o mais rápido possível. E conseguiu com sobras. Sem nem precisar pisar fundo no acelerador, o time de Pep Guardiola atropelou os adversários dos Emirados Árabes por 6 a 0, em uma daquelas partidas que mais pareceram um coletivo de quarta-feira à tarde.
Com o resultado, o City chega a seis pontos no Grupo G e já está matematicamente classificado. Na última rodada, encara a Juventus apenas para decidir quem fica com o primeiro lugar da chave. O Al Ain, zerado, já sabe que se despede da competição diante do WAC, do Marrocos.
Goleada com time reserva? Sem problema
Para mostrar o tamanho da confiança de Guardiola no elenco, o técnico espanhol decidiu mudar tudo: os 11 titulares foram completamente diferentes dos que começaram a estreia. Mas, como era de se esperar, isso não fez a menor diferença.
Logo aos nove minutos, Gundogan abriu o caminho. O meio-campista fez uma jogada de manual dentro da área: driblou, clareou para a direita e encobriu o goleiro Khalid Eisa com categoria. O Al Ain, que já sabia que o jogo seria difícil, só confirmou a previsão de pesadelo.
O City seguiu jogando em marcha lenta, mas mesmo assim encontrou espaços com uma facilidade constrangedora. Aos 27, foi a vez de Echeverri deixar o dele. E não foi um gol qualquer: o jovem bateu uma falta com perfeição, no ângulo, e ampliou o marcador.
Antes do intervalo, o torcedor ainda teve tempo de ver a estreia de Haaland como titular no torneio ser coroada com um gol. De pênalti, o norueguês fez o terceiro e basicamente selou o destino da partida.
Segundo tempo: só para cumprir tabela (e fazer mais três)
Se alguém do Al Ain ainda alimentava alguma esperança de um segundo tempo menos doloroso, ela acabou logo nos primeiros minutos. O City seguiu dono da bola, jogando como quem sabe exatamente o que fazer para não se cansar demais e, ao mesmo tempo, ampliar o placar.
O quarto saiu aos 28 minutos, com Bernardo Silva achando um passe milimétrico para Gundogan, que invadiu a área e finalizou com a calma de quem estava jogando no quintal de casa. Mais uma bola na rede, mais um problema para Khalid Eisa.
E ainda tinha espaço para mais. Na reta final, Bobb aproveitou grande assistência de Rodri e finalizou no contrapé do goleiro, fazendo o quinto. E o sexto veio após bela troca de passes entre Cherki e Haaland. O francês recebeu de volta na entrada da área e bateu firme, no canto, para fechar a conta.
Resumo da ópera? O City fez o que se esperava: venceu com tranquilidade, deu rodagem para o elenco, poupou energia e já está com a vaga garantida. Para o Al Ain, o jogo serviu só para reforçar o óbvio: o nível do Mundial é outro, e a diferença de qualidade técnica ficou escancarada.
Agora, o Manchester City encara a Juventus na próxima rodada, mas com a vida já bem encaminhada. Se Guardiola vai rodar o time de novo ou colocar força máxima para garantir a liderança? Essa é a próxima pergunta. Mas, sinceramente… com esse elenco, tanto faz.