O Manchester City entrou no Mundial de Clubes com a mesma postura de quem resolve as coisas cedo para poder trabalhar menos depois. O time de Pep Guardiola começou a partida com intensidade, fez dois gols ainda no primeiro tempo e depois só administrou a vantagem para vencer o Wydad Casablanca por 2 a 0, garantindo os primeiros três pontos no Grupo G.

Sem muita cerimônia, o City abriu o placar logo no primeiro minuto. Savinho, pela direita, invadiu a área, chutou cruzado e o goleiro deu aquele rebote que atacante adora. Phil Foden, bem posicionado, só teve o trabalho de empurrar para as redes. O começo foi de sufoco total para os marroquinos, que mal conseguiam respirar com a pressão alta do time inglês.

Guardiola aproveitou a estreia para testar algumas caras novas. Rayan Cherki e Tijjani Reijnders começaram como titulares, assim como os jovens Vitor Reis e Nico O’Reilly. Deu pra ver que a ideia era colocar todo mundo pra jogar, dar rodagem e, claro, mostrar que mesmo com um time um pouco misturado, o City continua sendo o City.

Depois do gol-relâmpago, o time inglês manteve a pegada por um tempo, tentando matar o jogo de vez. Mas o Wydad, mesmo claramente inferior, resolveu não ser apenas figurante. Tentou responder, principalmente com Lorch, que quase encobriu Ederson em chute ousado do meio-campo. Zemraoui também teve a chance de empatar, mas escorregou cara a cara com o goleiro brasileiro. Foi aquele típico susto que faz o torcedor pensar “opa, será que vão aprontar?”, mas ficou só nisso.

E como quem não faz, toma… Aos 41 minutos, o City ampliou. Foden levantou a bola na área e Doku, fechando bem no segundo pau, só completou de cabeça para fazer o segundo. Com isso, o City praticamente matou o jogo antes do intervalo.

No segundo tempo, o ritmo mudou completamente. O City tirou o pé de forma descarada, aceitou dividir a posse com o Wydad e ficou cozinhando o jogo. As chances diminuíram, o nível de intensidade caiu e parecia claro que a preocupação ali era apenas evitar problemas.

Mesmo assim, Guardiola decidiu reforçar o time na metade final da etapa complementar. Haaland, Rodri e Gundogan entraram em campo para dar aquela segurada definitiva na bola e impedir qualquer tentativa de reação marroquina. O Wydad ainda tentou algumas transições rápidas, mas sem grande perigo.

No fim, quando o jogo já parecia definido e morno, o City teve o único problema da noite: Rico Lewis, numa entrada totalmente desnecessária, deixou as travas no rosto do adversário. Resultado? Cartão vermelho direto, com direito a avaliação tranquila do árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel. Fim de papo com o City com um a menos, mas com a vitória na mão.

Agora, o City volta a campo no domingo, às 22h, contra o Al Ain. Já o Wydad enfrenta a Juventus, às 13h. Pelo visto, Guardiola segue com a missão de administrar elenco, minutos e, principalmente, a ansiedade de colocar mais um troféu na prateleira.

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