O Chelsea entrou em campo para cumprir o que todo mundo já esperava: vencer o Los Angeles FC na estreia do Mundial de Clubes. E foi exatamente isso que aconteceu. Sem fazer força além do necessário, o time inglês venceu por 2 a 0, controlou o jogo quase todo o tempo e só acelerou quando percebeu que era preciso.
O duelo abriu o Grupo D, o mesmo do Flamengo, que será justamente o próximo adversário dos Blues, na sexta-feira, às 15h. Já o LAFC tenta se recuperar no mesmo dia, às 19h, contra o Espérance.
O início da partida foi daqueles que ninguém vai guardar na memória. Para dois times com proposta ofensiva, o começo foi surpreendentemente morno. Até havia velocidade nas jogadas pelas pontas, mas era tudo muito travado, com os goleiros praticamente de férias nos primeiros 30 minutos.
Como era de se esperar, o Chelsea foi ganhando terreno aos poucos, dominando a posse, mas sem transformar isso em perigo real. O time de Enzo Maresca parecia ter preguiça para acelerar a troca de passes e encontrar espaço na defesa americana. O que houve de mais promissor foi pela direita, com Pedro Neto tentando alguma coisa. Mas, curiosamente, a primeira finalização de respeito veio do lado oposto, com Madueke.
Lá pela reta final do primeiro tempo, a paciência inglesa começou a se esgotar. A posse de bola estéril virou ataque mais incisivo. Bastou uma brecha deixada pela defesa do LAFC para o Chelsea abrir o placar. Nicolas Jackson viu o espaço, enfiou um passe açucarado para Pedro Neto, que cortou o marcador como quem troca de calçada e soltou o pé esquerdo para fazer o primeiro.
O gol não mudou muita coisa na postura do time de Los Angeles. Tentou sair um pouco mais para o ataque, mas seguiu com a mesma dificuldade de sempre para segurar a bola e articular jogadas. Terminou o primeiro tempo com apenas uma finalização certa, e ainda assim, só porque teve uma bola parada para ajudar.
Na volta do intervalo, os dois técnicos mexeram. O LAFC tentou algo diferente com a entrada de Giroud, enquanto o Chelsea se reforçou com Enzo Fernández e Malo Gusto. E se o primeiro tempo foi sonolento, o segundo ao menos começou com mais vontade.
Logo de cara, Denis Bouanga e David Martínez tentaram animar a torcida local com chutes de longe. O Chelsea respondeu rápido, voltando a usar as pontas e colocando velocidade com Pedro Neto de novo.
Mesmo com o controle inglês, o time americano foi ganhando confiança, encostando mais no campo de ataque e até flertando com um empate. Faltou qualidade na definição, é verdade, mas pelo menos a pressão aumentou.
Vendo o jogo começar a ficar mais perigoso do que o necessário, Maresca recorreu ao banco. E a solução veio de um estreante. Liam Delap, recém-chegado ao clube, aproveitou o espaço que continuava sobrando pela direita, cruzou com precisão e achou Enzo Fernández, que fechou a conta e garantiu os três pontos.
Sem muito sofrimento, o Chelsea fez o que precisava. Não encantou, não atropelou, mas mostrou que, quando pisa no acelerador, resolve. Agora, a parada é contra o Flamengo, e aí a conversa promete ser bem mais séria.