Se você abrir a tabela do Grupo D e olhar com atenção, vai ter a sensação de estar folheando o site oficial do Chelsea. Não é impressão sua. Dos 10 jogadores mais caros da chave, todos, sim, todos, vestem a camisa azul de Londres. É a versão futebolística do “faça você mesmo”: o Chelsea montou o próprio grupo VIP dentro do Mundial.

O clube inglês virou um verdadeiro laboratório de jovens milionários. Eles não contratam jogadores, eles colecionam promessas com etiquetas de preço que fariam qualquer time médio da Premier League entrar em colapso financeiro.

Se vai dar certo? Essa é outra história. Por enquanto, o que temos são números. E números grandes.

1º – Cole Palmer – 120 milhões de euros

Com apenas 23 anos, Cole Palmer é a estrela mais brilhante dessa constelação azul. Avaliado em 120 milhões de euros, o meia ofensivo é aquele jogador que parece jogar de terno, tamanha a elegância com a bola nos pés. Drible, visão de jogo e uma capacidade de decidir que faz o torcedor esquecer por alguns minutos as crises do clube.

2º – Moisés Caicedo – 90 milhões de euros

O equatoriano que custou uma fortuna ao Chelsea não decepciona nas cifras de mercado. Com 90 milhões de euros, Caicedo é o pulmão do meio-campo. Marca como um cão de guarda e distribui o jogo com competência. Ainda está devendo aquele futebol de manual? Talvez. Mas o Mundial é palco pra virar a chave.

3º – Enzo Fernández – 75 milhões de euros

Campeão do mundo com a Argentina, Enzo chegou ao Chelsea com status de craque e com preço de obra de arte rara. Hoje, está avaliado em 75 milhões de euros, ainda com o peso de ser um dos líderes técnicos da equipe. Qualidade ele tem. O problema é fazer isso aparecer com regularidade.

4º – Levi Colwill – 55 milhões de euros

O zagueiro inglês de 22 anos é a grande esperança da base defensiva do Chelsea. Com 55 milhões de euros, Colwill mistura força física com boa saída de bola. Não é aquele zagueiro raiz que dá chutão, mas sim o moderno, que tenta sair jogando… às vezes até demais.

5º – Pedro Neto – 50 milhões de euros

Recém-chegado, o português Pedro Neto traz velocidade e profundidade ao ataque. Avaliado em 50 milhões de euros, ele pode ser uma das surpresas do time nesse Mundial. Drible rápido, boa leitura de espaço e capacidade de decisão nas jogadas de linha de fundo.

6º – Nicolas Jackson – 50 milhões de euros

O centroavante senegalês vive de extremos: ou decide o jogo com um golaço, ou irrita a torcida com finalizações de fazer técnico perder cabelo. Mesmo assim, os 50 milhões de euros de valor de mercado mostram que o potencial está lá. Falta afinar a pontaria.

7º – Noni Madueke – 40 milhões de euros

Inglês de origem nigeriana, Noni Madueke é aquele ponta-direita que adora partir pra cima. Com 40 milhões de euros no mercado, ele oferece velocidade e imprevisibilidade. Se conseguir transformar correria em efetividade, pode ser um diferencial.

8º – Liam Delap – 40 milhões de euros

Outro inglês, outra promessa. Delap, de 22 anos, é centroavante com bom porte físico e presença de área. Avaliado em 40 milhões de euros, ainda busca espaço no time titular, mas o Mundial pode ser uma oportunidade de ouro para mostrar serviço.

9º – Roméo Lavia – 40 milhões de euros

O volante belga de apenas 21 anos também está na faixa dos 40 milhões de euros. Lavia chegou ao Chelsea com selo de grande promessa, mas ainda enfrenta uma verdadeira maratona para conquistar minutos em campo. Quem sabe o Mundial não é o palco da virada?

10º – Marc Cucurella – 35 milhões de euros

Pra fechar, o lateral-esquerdo espanhol mais carismático (e polêmico) da Premier League. Cucurella está avaliado em 35 milhões de euros. Sua entrega em campo é inegável, mas a regularidade ainda é uma dúvida. Pode ser útil, principalmente num torneio curto como o Mundial.

E o que dizer desse Grupo D?

A pergunta que fica é quase filosófica: de que adianta ter o elenco mais caro do grupo se o coletivo ainda parece um quebra-cabeça sem manual de instrução? O Chelsea é aquele time que tem jogador pra montar duas seleções, mas que ainda busca um padrão de jogo minimamente convincente.

No papel, é favoritíssimo. Na prática… bem, o Mundial de Clubes adora uma zebra. E o Chelsea já sabe disso desde 2012, quando quase virou meme diante do Corinthians. Que os deuses do futebol estejam atentos!

Compartilhar.