A BlockFi, uma das gigantes do setor de criptomoedas, não resistiu à pressão do mercado e declarou falência em 2025. A empresa, que já foi símbolo de inovação ao oferecer empréstimos e rendimentos com base em ativos digitais, agora se tornou mais um caso de colapso no mundo cripto.

O modelo da BlockFi era simples, mas arriscado: o cliente depositava suas criptos (como Bitcoin e Ethereum) e ganhava juros. A empresa usava esses ativos para conceder empréstimos a outros usuários e, assim, lucrava. Parecia uma versão moderna de um banco, só que 100% voltado ao mercado digital. Mas o cenário virou de cabeça para baixo com o colapso da FTX, outra gigante que caiu em 2022.

A BlockFi era fortemente exposta à FTX. Quando a exchange quebrou, puxou uma série de empresas junto, e a BlockFi estava entre elas. Sem acesso a crédito, com dívidas altas e clientes sacando tudo o que podiam, a empresa não teve saída: recorreu à Justiça e pediu recuperação judicial nos Estados Unidos.

Além das dívidas com a própria FTX, a BlockFi também devia a órgãos reguladores como a SEC, o que só piorou a situação. O mercado desconfiou, os clientes correram para retirar os fundos e, com isso, a estrutura desmoronou.

O impacto foi grande. Milhares de clientes enfrentaram problemas para acessar seus investimentos. Muitos ainda esperam uma solução judicial para saber se vão reaver algum valor. O episódio também acendeu um alerta vermelho nos reguladores, que agora olham com mais rigor para empresas que oferecem serviços parecidos com os de bancos, mas sem a mesma fiscalização.

Outras empresas do setor começaram a revisar suas políticas de risco. Ficou claro que prometer rendimentos altos com criptomoedas exige mais do que tecnologia: é preciso controle, transparência e parceiros sólidos. A queda da BlockFi serviu de lição dura para o mercado e para os investidores.

O futuro agora aponta para um cenário mais regulado. Plataformas de empréstimo em cripto vão precisar se adaptar, mostrar solidez e seguir regras mais rígidas. Para o investidor, o recado é direto: desconfie de lucros fáceis e procure entender onde está colocando seu dinheiro.

A queda da BlockFi mostra que, no mundo cripto, o risco é real. E que, mesmo com a promessa de inovação, o básico ainda vale: segurança, regulação e informação são essenciais para evitar grandes prejuízos.

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