O bitcoin voltou a chamar atenção ao alcançar um novo recorde histórico de valorização. A criptomoeda superou a marca de US$ 109.481,83, o que equivale a mais de R$ 619 mil, registrando um avanço de 2% em apenas um dia. Essa nova máxima supera o pico anterior alcançado em janeiro, no dia da posse do presidente norte-americano, Donald Trump.
Essa disparada não aconteceu por acaso. O movimento de valorização do bitcoin vem acompanhado de um cenário internacional marcado pela valorização de ativos de risco e pela fraqueza do dólar. Nesta quarta-feira, por exemplo, a moeda norte-americana registrava queda frente ao real, sendo cotada a R$ 5,65 no início da tarde.
Investidores costumam comparar o comportamento do bitcoin com o de ações do setor de tecnologia. Ambas tendem a ganhar força em momentos em que o mercado está mais disposto a correr riscos. O índice Nasdaq, referência para empresas de tecnologia, está atualmente 30% acima da mínima registrada no começo de abril, refletindo um otimismo semelhante.
Outro fator que impulsiona o bitcoin é o crescente interesse de grandes instituições financeiras. Analistas destacam que empresas tradicionais estão cada vez mais envolvidas com o mercado de criptoativos. Entre os destaques da semana, estão declarações do CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, que apesar de ser um conhecido crítico das criptomoedas, reconheceu que seus clientes já compram bitcoin. Além disso, a entrada das ações da Coinbase, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, no índice S&P 500, também deu mais visibilidade e legitimidade ao setor.
Especialistas apontam que o cenário político dos Estados Unidos também tem influenciado o desempenho do bitcoin e de outras criptomoedas. A vitória de Trump e a expectativa em torno de sua política econômica mais liberal aumentam o apetite por ativos alternativos, como as moedas digitais.
Com o novo recorde, o bitcoin reforça sua posição como o principal nome do mercado de criptoativos e mostra que, apesar da volatilidade, ainda atrai investidores em busca de ganhos expressivos. A tendência de valorização pode se manter, especialmente se o interesse institucional continuar crescendo e o dólar seguir enfraquecido no mercado global.