O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu um recente ataque aéreo russo como uma “noite brutal”, marcando uma das maiores ofensivas aéreas contra Kyiv desde fevereiro de 2022. O incidente ressalta a escalada do conflito e a urgência do apoio externo à Ucrânia.
A dimensão dos ataques e a resposta da defesa aérea
Segundo informações divulgadas, um total de 550 alvos aéreos foram lançados contra o território ucraniano, incluindo 330 drones de origem iraniana, além de mísseis balísticos e de cruzeiro. A defesa aérea da Ucrânia agiu de forma significativa, conseguindo interceptar 270 desses alvos e neutralizar outros 208 por meios eletrônicos.
Apesar da eficácia da defesa, os ataques resultaram em destruição em pelo menos seis distritos do país. Cidades como Kyiv, Dnipro, Sumy, Kharkiv e Chernigov, além da região de Kyiv, foram afetadas. O saldo inicial indicou que ao menos 23 pessoas ficaram feridas em decorrência da ofensiva.
O apelo de Zelensky e a reação global
Diante da brutalidade dos ataques, Zelensky reforçou a necessidade de apoio contínuo por parte dos parceiros internacionais. Ele destacou, em especial, a importância dos Estados Unidos no fornecimento de sistemas de defesa antimísseis balísticos, citando especificamente os mísseis Patriot como “verdadeiros protetores da vida”. Além disso, o líder ucraniano pediu a imposição de sanções em larga escala contra a economia e a infraestrutura da Rússia, visando alterar o curso da situação.
A repercussão internacional foi imediata. Representantes de outros países se manifestaram, com um chanceler europeu relatando que o consulado de seu país em Kyiv foi atingido. Essa autoridade cobrou a restauração do fornecimento de munição antiaérea para a Ucrânia e a aplicação de novas e rigorosas sanções contra a Rússia. A imprensa europeia noticiou que a ofensiva ocorreu horas após uma ligação entre líderes globais sobre propostas de cessar-fogo, o que foi interpretado por alguns veículos como um sinal de desconsideração do governo russo às negociações de paz.