Mais uma madrugada de tensão e tragédia tomou conta de Kiev e arredores. Um ataque com drones e mísseis, atribuído à Rússia, matou quatro pessoas e deixou outras dez feridas, segundo as autoridades ucranianas. O bombardeio aconteceu nesta segunda-feira (23), e provocou incêndios em áreas residenciais, além de danificar até a entrada de uma estação de metrô que serve como abrigo antiaéreo.

O chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkachenko, desabafou nas redes sociais: “O estilo dos russos continua o mesmo: atacar onde pode haver pessoas. Prédios residenciais, saídas de abrigos – esse é o estilo russo.”

Inicialmente, os números oficiais indicavam apenas uma vítima fatal, mas com o passar das horas o cenário ficou ainda mais grave. O total de mortos subiu para quatro, com dez pessoas feridas. A Rússia, até o momento, não se pronunciou sobre essa nova ofensiva.

O impacto do ataque foi sentido até em locais que, até então, eram vistos como minimamente seguros. Uma saída da estação de metrô no distrito de Sviatoshynskyi, em Kiev, foi atingida, junto com um ponto de ônibus nas proximidades. As estações subterrâneas da capital ucraniana têm sido refúgios importantes desde o início da guerra, servindo de proteção contra bombardeios.

Enquanto Kiev contava os estragos, Moscou anunciava que, também nesta segunda-feira, conseguiu destruir 16 drones ucranianos. Mais uma amostra de como o conflito continua intenso dos dois lados.

O episódio desta madrugada vem logo depois de um dos ataques mais violentos registrados na região. Na semana passada, a Rússia lançou centenas de drones contra Kyiv em várias ondas, matando 28 pessoas e deixando mais de 150 feridas. Segundo as autoridades ucranianas, quase 30 locais diferentes foram atingidos nessa ofensiva anterior, mostrando o alcance e a intensidade dos bombardeios.

A guerra, iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022, segue deixando um rastro de sofrimento entre a população civil. Apesar das declarações de ambos os lados negando ataques deliberados contra civis, os números falam por si: segundo a Reuters, milhares de civis já perderam a vida nesse conflito – a maioria, ucranianos.

Enquanto isso, as equipes de resgate continuam trabalhando nos escombros, na tentativa de salvar vidas e amenizar o sofrimento de quem, mais uma vez, foi pego de surpresa por mais um capítulo violento dessa guerra que parece longe do fim.

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