O ataque aéreo de Israel contra o Irã, na madrugada desta sexta-feira, dia 13 de junho de 2025, fez o planeta inteiro prender a respiração. As explosões em Teerã deixaram prédios destruídos, feridos e um rastro de tensão que se espalhou dos vizinhos do Golfo até as principais potências globais.
O Brasil não perdeu tempo em se posicionar. Por meio de uma nota oficial, o Itamaraty foi direto: condenou o bombardeio com firmeza, chamou o ato de violação da soberania iraniana e do direito internacional, e alertou para o risco de um conflito de grande escala, com impacto global na paz, na segurança e na economia. O governo brasileiro pediu que todos os envolvidos tenham “máxima contenção” e que as hostilidades cessem imediatamente.
Nos Estados Unidos, a reação veio em duas frentes diferentes. O presidente Donald Trump, sempre com o tom agressivo que o caracteriza, mandou um recado direto para Teerã: o Irã deve “fechar um acordo, antes que não reste nada”, disse, mencionando ainda a possibilidade de ataques mais brutais nos próximos meses. Já o secretário de Estado, Marco Rubio, fez questão de destacar que os EUA não participaram diretamente do ataque, e que a prioridade americana no momento é proteger suas tropas na região.
A União Europeia, pela voz de Ursula von der Leyen, classificou a situação como “profundamente alarmante”. O bloco pediu contenção total, redução da escalada e suspensão de retaliações, reforçando que uma solução diplomática é mais urgente do que nunca.
A China, que mantém uma parceria estratégica, mas moderada, com o Irã, também não deixou barato. Pequim criticou a violação da soberania e da integridade iranianas, e ofereceu ajuda para tentar aliviar a crise.
A Rússia subiu o tom e chamou os ataques de “inaceitáveis”, dizendo que o Irã não fez nada que justificasse essa ofensiva.
Na OTAN, o secretário-geral Mark Rutte pediu que os Estados Unidos e seus aliados entrem de cabeça nos esforços para reduzir a tensão. O Reino Unido seguiu a mesma linha, com o primeiro-ministro Keir Starmer declarando que os relatos dos ataques são “preocupantes” e que todas as partes devem “recuar e reduzir as tensões urgentemente”.
A França adotou uma postura ambígua. O presidente Emmanuel Macron reafirmou que seu país condena o programa nuclear iraniano, mas, ao mesmo tempo, reconheceu o direito de Israel de se defender. Macron também convocou o Conselho de Defesa e Segurança Nacional para discutir medidas de proteção aos cidadãos e interesses franceses na região. A França prometeu proteger suas missões diplomáticas e militares, além do próprio território nacional.
A Alemanha, com um tom mais diplomático, pediu que os dois lados “se abstenham de medidas que possam gerar uma nova escalada”.
Do lado da ONU, o secretário-geral António Guterres foi enfático ao pedir “moderação máxima” de Israel e Irã. Ele destacou uma preocupação especial: os ataques às instalações nucleares iranianas.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que monitora o programa nuclear do Irã, também se manifestou. O diretor Rafael Mariano Grossi classificou o ataque como “profundamente preocupante”, alertando para o risco real de vazamentos radioativos com consequências graves para o meio ambiente e para as populações dentro e fora do Irã. Grossi reforçou que instalações nucleares jamais devem ser alvos de ataques, seja qual for o contexto. A AIEA informou que está em contato com as autoridades iranianas para avaliar os danos e os riscos de segurança nuclear.
Omã, que há anos tenta mediar as tensões entre Irã e Estados Unidos, chamou a ofensiva de “perigosa e imprudente”, cobrando uma reação internacional firme.
A Arábia Saudita, vizinha poderosa e rival histórico de Israel, também criticou duramente o ataque. Chamou a ação de “flagrante agressão contra um país irmão” e de “violação inaceitável das leis internacionais”.
A Jordânia, que faz fronteira com Israel, foi rápida em proteger seu espaço aéreo. Fechou completamente o tráfego aéreo e suspendeu todos os voos como medida de precaução.
Do outro lado do Atlântico, a Venezuela não economizou nas palavras. O governo classificou a ação como “um ato de guerra” e fez questão de lembrar o “longo histórico de crimes do regime de Benjamin Netanyahu”.
O medo de um conflito nuclear, que parecia distante há alguns meses, agora virou uma sombra real no cenário global.